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Reforma Política para quem?

Reforma Política para quem?
  • Publishedjunho 11, 2015
Crédito de imagem: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputado
Crédito de imagem: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputado

Parece que a tal da Reforma Política, além de não ser de fato uma “reforma”, vai mesmo é beneficiar os próprios políticos. E o raciocínio é lógico: quem votaria contra algo que prejudica a si mesmo? É uma grande incoerência achar que os políticos estariam pensando na população. Eles estão pensando é neles mesmos.

As últimas votações da Câmara dos Deputados, tem sido prova disso. Nesta quarta-feira (10), deputados aprovaram, por 348 votos a favor e 110 contra, a fixação de mandatos de cinco anos para todos os cargos eletivos, presidente, governador, senador, deputados estaudal e federal e vereador.

Mas as mudanças aprovadas terão um período de transição, desde modo, presidente, governadores, deputados estaduais e federais, que forem eleitos em 2018, ainda terão mandato de quatro anos. Já os senadores eleitos naquele ano, terão mandato de nove anos.

No caso dos prefeitos, as alterações passaram a valer a partir das eleições municipais de 2020 e presidenciais de 2022. Os prefeitos  eleitos em 2016 terão mandato de quatro anos.

O presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha, as mudanças são positivas e não vão causar transtorno. ” Essa mudança para os senadores, que vão passar de oito para nove anos, trata-se de um período de transição. Não é uma regra permanente e sim provisória. De alguma forma, essa transição seria necessária”, explicou Cunha.

Já o deputado federal e líder do PPS, Rubens Bueno, fez críticas aos itens que foram aprovados. “Quando o parlamento cria uma lei que beneficia os próprios parlamentares, logicamente, que isso vai gera na sociedade uma imagem negativa”, destacou Rubens Bueno.

Por outro lado, o deputado e vice-líder do PT, Afonso Florence, defendeu a votação, alegando que os deputados não estão votando em causa própria ou para beneficiar grupos políticos.  ” Não se trata de uma tentativa de beneficiar nenhum político da atualidade. O que votamos, estabelece que depois de uma determinada data,os mandatos de cargos eletivos, passaram a ser de cinco anos”, defendeu Florence.

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