Paraná tem 850 escolas ocupadas e Governo anuncia medidas de controle


O Governo do Estado realizou uma reunião neste domingo (23), com diretores, professores, pais e representantes de movimentos sociais, para discutir as ocupações das escolas. Participaram do encontro o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, os secretários de Segurança Pública, Wagner Mesquita e Márcio Villela, da Comunicação, o procurador-geral do Estado, Paulo Rosso, além da secretária de Educação, Ana Seres. Segundo o movimento ‘Ocupa Paraná’, são 850 escolas, 14 universidades e três Núcleos de Educação ocupados.
Segundo o chefe da Casa Civil, Valdir Rossoni, algumas medidas serão adotadas pelo governo. Umas delas é que os professores que estiverem colaborando com as ocupações e se recusarem a cumprir o que for determinado legalmente, terão que responder a processos administrativos, que podem resultar em afastamento e demissões, mediante realização de sindicância. “Não vamos cometer injustiças, mas seremos rigorosos com quem não cumprir com suas obrigações”, afirmou Rossoni.
O procurador-geral, Paulo Rosso, disse que o governo está tomando todos os procedimentos necessários para a reintegração de posse das escolas ocupadas. “A invasão é ilegal, abusiva. O direito de quem quer estudar precisa ser respeitado”, afirmou.
O Governo do Estado também informou a formação de um gabinete formado por profissionais da Segurança Pública, da Educação, Casa Civil e PGE para atender pais, diretores e cidadãos que quiserem orientação sobre como agir de modo legal contra as invasões e também fazer denúncias.
“Já liberamos o telefone 181 que está atuando exclusivamente para denúncias relativas a escolas invadidas. Documentar todas as ações é fundamental para que as pessoas sejam responsabilizadas por atitudes fora da lei”, afirmou o secretário da Segurança Pública, Wagner Mesquita.
Estudantes estão mobilizados contra a Medida Provisória (MP), que promoverá uma reforma no Ensino Médio. Entre as mudanças estão a proposta de que os professores não vão mais precisar ter diploma na área em que dão aulas, a flexibilização de metade do currículo básico (os alunos poderão escolher algumas matérias). Em relação ao fim da obrigatoriedade de educação física, artes, sociologia e filosofia, o governo afirmou que voltou atrás.
Entre as principais críticas ao projeto está a falra de diálogo do governo federal com as pessoas envolvidas, professores, diretores, alunos, pais e mães. Especialistas em educação consideram a MP um retrocesso.
(Com informações da Agência Estadual de Notícias)