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“Juízes sérios estão a favor do projeto contra abuso de autoridade”, diz senador Requião

  • Publisheddezembro 5, 2016
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“Essa história de você sabe com quem está falando tem que acabar. Eu defendo a continuidade da Lava Jato e de outras operações, mas eu não defendo arbitrariedade”, declarou o senador Roberto Requião (PMDB-PR).

Em entrevista à Rádio T nesta segunda-feira (5), o senador Roberto Requião (PMDB-PR), que é relator do projeto de lei sobre abuso de autoridade no Senado, explicou que o projeto visa impedir abuso de autoridade não apenas de membros do judiciário, mas de qualquer autoridade, que abuse do poder.

“As pessoas não leram o projeto e estão falando bobagem. O projeto que foi encaminhado pelos deputados ao Senado é uma coisa,  projeto da Câmara é outra. O projeto dos deputados será arquivado, pois não tem muito sentido. Sou relator de um projeto contra abuso de qualquer autoridade. Contra aquele sujeito que se acha importante e pergunta se você sabe com quem está falando. É o fiscal achacador, o policial violento, o juiz que prende e condena injustamente. O projeto visa combater o abuso de autoridade dos prepotentes”, esclareceu Requião.

Segundo o senador, o projeto não vai atrapalhar as investigações de operações que investigam políticos, como a Lava Jato. “Só acabaria se a Lava Jato fosse ilegal e ela não é. Eu fui o primeiro senador a apoiar a Lava Jato. Quero ver toda essa gatarada na cadeia, esse políticos corruptos presos e condenados. Não tenho dúvidas disso. Mas não podemos permitir que estas autoridades se considerem superiores aos outros. Existem membros do judiciário que não aceitam prestar contas a ninguém. Os juízes sérios estão a favor do projeto, recebi apoio de diversos deles”, disse o senador.

Sobre os protestos que ocorreram no último domingo (5), em todo o país, Requião declarou que se trata de um movimento manipulável. “Não leram o projeto, não sabem o que estão dizendo. É um movimento maluco, a favor de corporações e manipulável. Essa história de você sabe com quem está falando tem que acabar. Eu defendo a continuidade da Lava Jato e de outras operações, mas eu não defende arbitrariedade”, declarou.

Ouça a entrevista:

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