Secretaria de Meio Ambiente vai apresentar projeto para construção de um novo aterro


Em entrevista à Rádio T nesta quarta-feira (25), o secretário de Meio Ambiente da prefeitura de Ponta Grossa, Paulo Barros, destacou que pretende retomar as discussões para a construção de um novo aterro sanitário. (ouça a entrevista no final da matéria)
O problema que envolve a substituição do Aterro Botuquara já é antigo. Em 2004, na gestão do ex-prefeito Péricles Mello (PT), o assunto foi levantado, alguns locais foram apontados para a construção do novo aterro, mas nenhuma solução ocorreu na prática. Novamente o assunto foi alvo de discussões em 2008, na gestão de Pedro Wosgrau Filho (PSDB), mas o impasse continuou.
O prefeito Marcelo Rangel (PPS), desde o seu primeiro mandato, destacou a construção de uma usina de tratamento. A prefeitura informou, em 2016, que os técnicos da Secretaria de Meio Ambiente fizeram um estudo técnico, com o objetivo de avaliar a produção do lixo na cidade de Ponta Grossa e em outros 18 municípios.
Além disso, o trabalho é voltado na definição das tecnologias adequadas que serão aplicadas na usina. Essas técnicas precisam ser definidas conforme o EIA-RIMA [Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto Ambiental (RIMA)], em conjunto com o Ministério Público.
Para o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros, é necessário discutir a construção de um novo aterro, independente da implantação da usina. “A sociedade precisa entender e se conscientizar de que precisamos de um novo aterro e que não podemos mais perder oportunidades como aquelas que tivemos em 2004 e 2008. Mesmo com a usina de tratamento,dependendo da tecnologia, nem tudo vai para lá, vamos precisar de um novo aterro. A discussão sobre a usina não se esgota aqui, mas para uma solução imediata, mas rápida, barata e eficaz, um novo aterro é necessário”, esclareceu o secretário à Rádio T.
Segundo Paulo Barros esta discussão é de toda a comunidade. “A sociedade precisa se unir e discutir junto com o Conselho das Cidades, do Meio Ambiente, com os vereadores. É preciso dar crédito para a Secretaria de Meio Ambiente, pois nos próximos meses vamos apresentar uma proposta de construção de um novo a aterro”, disse.
Conforme as informações do secretário, a prefeitura construiu a quinta célula do Aterro Botuquara, mas já passou da hora do aterro encerrar suas atividades. “Ainda existe uma obra nessa quinta célula e com isso ela pode durar de dois anos e meio a três anos. Mas é preciso dizer que o Botuquara já cumpriu a sua missão, essa não é apenas uma questão ambiental, mas também de saúde pública”, afirmou Paulo Barros.
É natural que a construção de um novo aterro gere polêmica e muita resistência, como já ocorreu em outros anos, mas segundo o secretário não há como fugir desse processo. “A tendência é a construção de um novo aterro, sabemos que muitas pessoas são contra por que acham que vamos contaminar outro espaço, mas isso não vai acontecer. O Botuquara foi um lixão nos anos 60 e teve melhorias a partir de 2005. O novo aterro terá um projeto de engenharia que é muito utilizado no mundo todo, será adequado e economicamente viável”. esclareceu.
Paulo Barros é engenheiro agrônomo, já foi diretor de Licenciamento e Fiscalização da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e foi presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Ponta Grossa (Iplan)
Diário dos Campos aponta denúncia grave no aterro
Nesta quarta-feira (25), o Jornal Diário dos Campos, publicou uma matéria a respeito de uma denúncia de que a nascente do Rio Cará-Cará, situação próximo do Aterro do Botuquara, está sendo contaminado por dejetos do aterro. Segundo a matéria da jornalista do DC, Luana Souza, “moradores da comunidade Emiliano Zapata, localizada próximo do aterro, informaram que o córrego, que deságua no rio, traz lixo e chorume, referentes a 5ª célula, para dentro da comunidade”.
Sobre este problema, o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros, informou à Rádio T, na edição local do Tnews desta quarta-feira (25), que “uma equipe de técnicos da prefeitura estaria se deslocando até o aterro para verificar a denúncia”.
Ouça a o trecho da entrevista com o secretário de Meio Ambiente, Paulo Barros, sobre o aterro: