Livre da prisão, Richa afirma que vai manter a candidatura ao Senado


O ex-governador do Paraná e candidato ao Senado pelo PSDB, Beto Richa, deixou a prisão no início da madrugada deste sábado (15). Ele estava preso desde terça-feira (11) no Regimento da Polícia Montada, no bairro Tarumã, em Curitiba.
Ele foi solto após decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, na noite de sexta-feira (14). A mulher de Beto e ex-secretária estadual, Fernanda Richa, e outros 13 investigados da Operação Rádio Patrulha também tiveram a liberdade concedida.
Na saída, Beto Richa se pronunciou, mas não respondeu perguntas dos repórteres. “O que fizeram comigo é uma crueldade enorme, não merecia o que aconteceu. Estou de cabeça erguida. Continuo respondendo a todas as acusações”, afirmou. O ex-governador disse que” o povo do Paraná conhece a história política dele e da família”. E destacou que vai manter sua candidatura ao Senado ” vou retomar a campanha ao Senado”.
Antes da decisão do ministro, o juiz Fernando Fischer havia convertido as prisões temporárias em preventivas – sem prazo – do ex-governador e de outros nove investigados na operação considerando haver risco à ordem pública e à ordem econômica.
Os investigados foram detidos pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) suspeitos de envolvimento em um esquema de superfaturamento de contratos para manutenção de estradas rurais em troca de propina. O Ministério Público aponta que Beto Richa é o chefe de um esquema de corrupção, que desviou mais de R$ 70 milhões do Programa Patrulha do Campo, destinado à recuperação das estradas rurais.