Gaeco faz operação na Alep para investigar esquema de ‘fura-filas’ do SUS


O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) deflagrou nesta segunda-feira (10) a operação Mustela, que investiga um esquema de propina entre médicos e empresários para furar fila no Sistema Único de Saúde (SUS). Equipes do Gaeco estiveram na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Os agentes chegaram no prédio por volta das 7h. O gabinete do deputado estadual Ademir Bier (PSD) foi um dos alvos de busca.
Segundo o coordenador do Gaeco, Leonir Batisti, pessoas que precisavam de cirurgia ligavam para o assessor do deputado estadual Ademir Bier (PSD), cujo gabinete na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), em Curitiba, foi alvo de busca e apreensão. O Gaeco chegou ao local por volta das 7h.
Esse assessor atuava como “despachante”. Ele entrava em contato com médicos que cobravam propina para fazer o procedimento, de acordo com Batisti. O deputado, ainda segundo o coordenador do Gaeco, se beneficiava politicamente, com votos, ao dar “carteiradas” com a influência que tinha. Ademir Bier não foi reeleito nas últimas eleições, portanto, o mandato do deputado acaba no fim deste ano.
Há 12 mandados de prisão temporária e 45 de busca e apreensão sendo cumpridos no Paraná. Há políticos envolvidos. Quatro médicos e dois funcionários do Hospital São Lucas, em Campo Largo, na Região Metropolitana da capital paranaense, foram presos, de acordo com o Gaeco.
A ação foi batizada de “Mustela” em alusão ao gênero de mamíferos que inclui animais conhecidos como furões.
Os mandados são cumpridos nas seguintes cidades:
Curitiba
Campo Largo (Região Metropolitana de Curitiba)
Marechal Cândido Rondon (oeste)
Almirante Tamandaré (Região Metropolitana de Curitiba)
Campina Grande do Sul (Região Metropolitana de Curitiba)
Telêmaco Borba (Campos Gerais)
Bandeirantes (norte pioneiro)
Campo Magro (Região Metropolitana de Curitiba)
Colombo (Região Metropolitana de Curitiba)
Siqueira Campos (norte pioneiro)
(Com informações do Paraná Portal e G1)