Bolsonaro volta a minimizar o coronavírus e critica governadores e imprensa


Na contramão das ações dos prefeitos e governadores de todo Brasil, Jair Bolsonaro voltou a minimizar o coronavírus em discurso na noite de terça-feira (24). Bolsonaro voltou a chamar o vírus de “gripezinha” e disse que governadores estão errados nas medidas que adotaram, como o isolamento.
Segundo a Organização Mundial de Saúde até o momento são 433 mil pessoas infectadas pelo coronavírus no mundo. Além disso, são 19,6 mil mortes pela doença na esfera mundial. O Brasil tem 48 mortes por coronavírus, conforme o Ministério da Saúde. Além disso, o país soma 2.271 casos.
Durante o pronunciamento de Bolsonaro vários panelaços contra ele foram realizados em cidades brasileiras.
Bolsonaro disse que pessoas saudáveis e abaixo dos 60 anos, não correm grandes riscos e que não devem apresentar sinais da doença em caso de contaminação. “O grupo de risco é o das pessoas acima dos 60 anos, então por que fechar escolas?”, questionou. Bolsonaro disse isso ignorando a capacidade de transmissão do vírus.
Idosos acima de 60 anos e pessoas com doenças pré-existentes são considerados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) como grupo de risco para o coronavírus. Porém, a entidade tem reforçado que crianças e jovens adultos já morreram de covid-19.
As críticas de Bolsonaro ao isolamento social também contrariam orientações da OMS e do próprio Ministério da Saúde. Em consonância com a pasta, estão apenas as recomendações de que fronteiras não devem ser bloqueadas, e que o fechamento de escolas pode favorecer a contaminação de idosos por parte das crianças e adolescentes.
Segundo Bolsonaro o problema é que imprensa espalhou pânico. “Quase contra tudo e contra todos, grande parte dos meios de comunicação foi na contramão, espalhando exatamente a sensação de pavor, tendo como carro-chefe o anúncio do grande número de vítimas na Itália, um país com grande número de idosos e com clima totalmente diferente do nosso.”