Prazo encerra e obras do Mercado Municipal de Ponta Grossa seguem inacabadas

      Prédio original do Mercado Municipal foi construído em 1960 . A empresa vencedora da licitação, realizada em 2017, foi a Tekla Engenharia e o primeiro passou foi a demolição do antigo edifício que estava deteriorado e abandonado há cerca de 20 anos. No entanto, as obras ainda não foram concluídas. (Foto: Cristiano Barbosa/Jornal da Manhã)

O novo Mercado Municipal está longe de se tornar uma realidade para a população de Ponta Grossa. A obra foi anunciada pelo prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), no dia 30 de maio de 2017, mas o processo de licitação começou em 2015. Segundo Rangel, as obras custariam mais de R$ 70 milhões e seriam executadas pela empresa Tekla Engenharia, que poderia explorar o local por 30 anos.

O primeiro prazo de conclusão da obra, dado pelo prefeito, foi outubro de 2018. No entanto, como a construção não foi concluída, Rangel deu novas datas para a entrega: outubro de 2019 e depois 31 outubro de 2020. Mas o prazo encerrou no último sábado (31) e a obra não foi entregue. No local não há sinais de obras, apenas restos de demolição.

Vale destacar que a Câmara de Vereadores de Ponta Grossa autorizou o contrato entre a Prefeitura de Ponta Grossa e a Tekla Engenharia.

Em um vídeo divulgado pelo prefeito de Ponta Grossa, em 2018, Marcelo Rangel faz propaganda do novo Mercado Municipal, juntamente com empresários da empresa responsável pela construção, um deles identificado pelo prefeito como Siqueira e também aparece no vídeo o ex-secretário de Indústria, Comércio e Qualificação Profissional, Paulo Carbonare.

No vídeo, o prefeito Marcelo Rangel anuncia que as obras “custariam mais de 70 milhões” e que o novo mercado contaria com “Cinema e Centro de Eventos”. Veja o vídeo: https://www.facebook.com/prefeitomarcelorangel/videos/1804494876259332/

Em julho de 2020, a  Prefeitura de Ponta informou que “esperava que a empresa Tekla Engenharia entregasse a obra do Mercado Municipal em outubro deste ano”, mas disse que “pediu rescisão do contrato com a construtora”.

A Prefeitura declarou também que “o município estaria buscando contato com a empresa através do endereço e telefones fornecidos porém, não teria obtido sucesso. No entanto, a Procuradoria Geral do Município buscaria outras alternativas para que a empresa fosse notificada sobre a rescisão”, informou a Prefeitura, por meio de nota.