Celular do secretário e tio do prefeito de Ponta Grossa será analisado pelo Gaeco


A semana foi agitada na cidade de Ponta Grossa em virtude da Operação Saturno realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A operação ocorreu na terça-feira (15) e investiga a possibilidade de corrupção e fraude nos contratos do EstaR Digital e possível corrupção dos vereadores da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI).
Neste contexto, o povo quer saber o que pode ter no celular do secretário de Administração e Recursos Humanos, Ricardo Linhares? Linhares é tio do prefeito Marcelo Rangel (PSDB). Aliás, o prefeito ainda não falou nada sobre o mandado de busca e apreensão que ocorreu na casa do tio Linhares e no gabinete ocupado por ele na Prefeitura de Ponta Grossa. O secretário Ricardo Linhares também não se manifestou sobre a operação do Gaeco.
Segundo o processo do Gaeco, foram apreendidos documentos e celulares, que podem auxiliar no processo investigativo.
Em virtude do cargo que ocupa, Ricardo Linhares é chamado no processo de “operador financeiro”, nas palavras dos envolvidos.

Linhares foi acordado bem cedinho pelo Gaeco, na terça-feira (15), depois foi conduzido até a Prefeitura de Ponta Grossa. Situação que chamou a atenção dos funcionários, que fizeram diversos vídeos sobre a chegada do tio Linhares, sendo escoltado pelo Gaeco. O Gaeco apreendeu documentos e o celular de Ricardo Linhares, que será utilizado no processo investigativo.
Vale dizer que o processo segue em investigação. Por enquanto, ninguém é culpado e todos possuem o direito de defesa.
Seguem presos:
Os vereadores Ricardo Zampieri (Republicanos) e Walter José de Souza (PRTB). A defesa de Ricardo Zampieri tentou o relaxamento de sua prisão, mas teve o pedido negado nesta sexta-feira (18).
Continua preso o proprietário da TV Vila Velha e do site DPonta, que também é apresentador de TV e de rádio. Barbiero é acusado de ser o “intermediador” de um “esquema de propina”, envolvendo a CPI dos vereadores. E é acusado de encaminhar um relatório falso da CPI para a “mídia chapa branca”, descrita assim no processo. Por receberem dinheiro público, essas mídias teriam reproduzido o relatório falso da CPI.
Seguem presos os empresários Antônio Carlos Domingues de Sá, Alberto Abujamra Neto e Ricardo Madrid Fink.
E continua preso o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transporte (AMTT), Roberto Pelissari.