Justiça manda soltar Roberto Pelissari e Ricardo Zampieri: ambos são investigados por suspeita de corrupção no EstaR de PG


A Justiça autorizou nesta quarta-feira (23) a soltura dos investigados na Operação Saturno, o vereador Ricardo Zampieri (Republicanos) e o presidente da Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes (AMTT), Roberto Pelissari.
Eles foram alvo de prisão na terça-feira (15), durante a Operação Saturno, realizada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A investigação é sobre corrupção e fraude no EstaR Digital. Eles estão presos no Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais, região Metropolitana de Curitiba.
Inicialmente, eles ficariam presos por cinco dias, até o último sábado (19). Mas a Justiça aceitou um pedido de prorrogação feito pelo Gaeco. A prorrogação encerraria nesta quinta-feira (24).
O prefeito de Ponta Grossa, Marcelo Rangel (PSDB), comemorou a saída do presidente da AMTT, Roberto Pelissari. “Eu disse publicamente que o Pelissari nunca nos decepcionou. Conheço sua família, sua história. Eu sempre acreditei na justiça”, escreveu o prefeito em suas redes sociais. Mas nesta semana o prefeito afastou Roberto Pelissari do comando da AMTT.
O advogado de Ricardo Zampieri, Jorge Sebastião Neto, disse que o vereador será solto porque nada foi comprovado contra ele. “Em face do vereador Ricardo havia somente especulações, sem nenhuma prova contundente e sua prisão se deu pela força política que exerce no município”, declarou.
Outros presos:
Da Câmara de Ponta Grossa, também segue preso o vereador Walter José de Souza (PRTB).
Em relação aos empresários, João Carlos Barbiero está em prisão domiciliar, com uso de tornozeleira eletrônica. O investigado deixou o presídio após liminar do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Barbiero é proprietário da TV Vila Velha e do site DPonta, que também é apresentador de TV e de rádio. Barbiero é acusado de ser o “intermediador” de um “esquema de propina”, envolvendo a CPI dos vereadores. E é acusado de encaminhar um relatório falso da CPI para a “mídia chapa branca”, descrita assim no processo. Por receberem dinheiro público, essas mídias teriam reproduzido o relatório falso da CPI.
Seguem presos os empresários Antônio Carlos Domingues de Sá, Alberto Abujamra Neto e Ricardo Madrid Fink.