Desaprovação do governo Bolsonaro aumenta para 40%, diz pesquisa


Em pesquisa realizada pela XP/Ipespe, subiu de 35% para 40% a desaprovação do governo Bolsonaro. O percentual é referente aos resultados somados de pessoas que consideram a gestão ruim ou péssima. Esse mesmo percentual é semelhante ao apresentado nas pesquisas no começo da pandemia da Covid-19, em abril de 2020.
É também a primeira vez desde julho do ano passado que a avaliação negativa supera a positiva. A parcela que avalia a administração do governo como ‘ótima ou boa’ caiu de 38% para 32%.
Pandemia
No combate a pandemia, os resultados mostram a insatisfação da população com relação ao governo. De acordo com a pesquisa, 52% da população considera a atuação de Bolsonaro ruim ou péssima, 4 pontos a mais do que o mês de dezembro de 2020. Subiu de 35% para 38% a avaliação regular do governo.
A pesquisa também aponta que 50% dos entrevistados defendem que o governo recrie um benefício semelhante ao auxílio emergencial por mais alguns meses. Contudo, apenas 27% dizem acreditar que o governo tomará essa decisão.
O benefício foi adotado pelo governo federal ao longo de 2020 para mitigar os efeitos econômicos causados pela pandemia. Bolsonaro, no entanto, vem descartando uma nova rodada de pagamentos.
Foram realizadas 1.000 entrevistas com abrangência nacional, no período de 11 a 14 de janeiro. A margem de erro é de 3,2 pontos porcentuais.
Imunização
Questionados sobre a disposição de tomar uma vacina contra o coronavírus, 69% dizem que com certeza irão se imunizar. Entre os eleitores declarados que votaram em Bolsonaro nas últimas eleições, 58% afirmaram que irão se vacinar com certeza, enquanto 78% dos demais eleitores afirmaram tal intenção.
O uso emergencial da Coronavac e da vacina desenvolvida pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no domingo. Na manhã desta segunda-feira, o Ministério da Saúde autorizou o início da vacinação no País a partir desta data e começou o envio das doses aos Estados e Distrito Federal.
Eleições 2022
Os dados apontam que Bolsonaro segue à frente na disputa presidencial de 2022, tanto na pesquisa espontânea como na estimulada, quando são mencionados nomes dos candidatos. O presidente atinge 28% das intenções de voto, à frente de Sergio Moro, seu ex-ministro da Justiça e Segurança (12%), Ciro Gomes (11%) e Fernando Haddad (11%).
Já na pesquisa espontânea, quando não há apresentação de candidatos, Bolsonaro se mantém na liderança com 22% – abaixo do registrado em dezembro, quando tinha 24% das intenções de voto.
A pesquisa de janeiro indica que Bolsonaro perderia para Moro no segundo turno, que bateria o atual presidente por 36% a 33%. No último levantamento, os dados apontavam que o presidente derrotaria seu ex-ministro. Bolsonaro, no entanto, ganha numericamente de todos os outros cenários de segundo turno em que é testado.