Servidores da Saúde de PG protestam contra corte do adicional de insalubridade criado na pandemia


Os servidores da Saúde de Ponta Grossa iniciaram nesta segunda-feira (6) uma paralisação em protesto ao corte do corte do adicional de insalubridade da Covid-19 para os profissionais. O adicional chegava a 40% do salário dos servidores e contemplava 1.800 servidores.
Em entrevista ao Jornal Falado Clube nesta segunda-feira (6), o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Ponta Grossa (SindServ), Roberto Ferensovicz, destacou que a categoria não vai aceitar a proposta da Prefeitura de Ponta Grossa, que ofereceu apenas mais um mês de pagamento do adicional da pandemia.
“Na assembleia da manha de hoje os trabalhadores decidiram não aceitar essa proposta. E acredito a decisão será a mesma na assembleia do período da tarde. Nós queremos que o pagamento continue até o mês de dezembro, visto que a pandemia continua. Além disso, os números de casos de Covid estão aumentando no munícipio. Neste sentindo, precisamos manter esse pagamento do adicional destes trabalhadores que estão na linha de frente da pandemia”, destacou o presidente do SindServ.
Segundo Roberto Ferensovicz, as manifestações dos servidores estão ocorrendo sem interromper o atendimento da população.
“São manifestações organizadas e que não afetam o atendimento dos pacientes que precisam do sistema de saúde. Mas precisamos nos manifestar para pedir que estes servidores sejam valorizados”, disse.
O presidente do SindServ criticou os gastos da Prefeitura de Ponta Grossa com cargos em comissão. “A prefeitura acha muito pagar em torno de trezentos e cinquenta mil para os trabalhadores da saúde. Mas por outro lado, a prefeitura gasta mais de um milhão e seiscentos mil por mês com cargos políticos, com cargos comissionados. Dessa forma a gestão municipal mostra o que é importante para a gestão”.
O que diz a Prefeitura de Ponta Grossa
A Prefeitura de Ponta Grossa disse que “o corte se deu por conta da redução do número de casos de Covid-19 na cidade e pelo impacto de R$ 387 mil por mês na folha de pagamento”.
O Governo Municipal disse também que “o dinheiro economizado agora poderá ser investido em outras áreas”.
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