Aliel diz que candidatura de Jocelito à Câmara será “traição” e “falta de palavra”


Em entrevista à Rádio Clube e ao Blog da Mareli Martins, nesta quarta-feira (22), o deputado federal Aliel Machado (PSB), afirmou que se o comunicador, ex-prefeito de Ponta Grossa e ex-deputado estadual disputar a Câmara Federal estará quebrando um acordo feito nas eleições municipais de 2020, que incluía apoio à reeleição de Aliel Machado. (Ouça a entrevista completa no final do texto)
Em 2020, Aliel desistiu da candidatura à Prefeitura de Ponta Grossa e apoio a filha de Jocelito, Mabel Canto (PSC), que chegou ao segundo turno, sendo derrotada por Elizabeth Schmidt (PSD).
O fato é que se Jocelito Canto decidir disputar o cargo de deputado federal, automaticamente passa a ser concorrente de Aliel Machado.
“Não é apenas quebra de acordo, mas falta de palavra. Quebra de acordo e algo que na política alguns dizem que é natural, que é a traição, mas eu não considero natural. A palavra de uma pessoa pra mim vale muito. Eu espero que o Jocelito Canto cumpra sua palavra, pois eu confio na palavra dele”, disse Aliel Machado.
Aliel Machado destacou como feita a construção para a candidatura de Mabel Canto nas eleições de 2020.
“A construção do projeto que envolveu a cidade de Ponta Grossa foi construída por muitas pessoas, incluindo o Jocelito. A primeira proposta era que a vereadora Joce Canto seria a vice na chapa em que eu disputaria a prefeitura, eu aceitei, mas o partido dela não aceitou. E quando o grupo decidiu pela candidatura de Mabel, independente se ela seria eleita ou não, ficou acordado de que eu seria o candidato do grupo na disputa da Câmara Federal. A minha contribuição eu dei, agora espero que o Jocelito cumpra a palavra dele”, declarou.
Ao falar sobre o valor da palavra dada, principalmente na política, Aliel Machado cutucou a deputada estadual Mabel Canto, que assumiu compromisso em cartório de que não disputaria outra eleição antes de terminar o mandato, mas concorreu à prefeitura de Ponta Grossa em 2020.
“Na política não precisa fazer registro em cartório pra cumprir palavra, aliás tem gente que faz registro e depois descumpre dizendo que não abandonaria mandato e que não disputaria a prefeitura de Ponta Grossa, mas disputou”, disse o deputado.
OUÇA A DECLARAÇÃO DE ALIEL MACHADO SOBRE A SITUAÇÃO COM O GRUPO DE JOCELITO CANTO
Mabel Canto diz que Aliel é um grande amigo e que a situação será resolvida até janeiro

Em entrevista à Rádio Clube e ao Blog da Mareli Martins, na segunda-feira (20), a deputada Mabel Canto (PSC), desviou as perguntas sobre o acordo com Aliel Machado. Mas disse que considera Aliel Machado um grande amigo, independente da política.
“Estamos conversando sobre isso, o Aliel é nosso amigo, mas o Jocelito está apto novamente e pode contribuir muito para a cidade e região. Acho a população ganharia muito com a eleição do Jocelito. Era muito natural naquela momento o acordo com o Aliel. Foi uma candidatura de grupo, o Aliel desistiu, mas a minha candidatura, foi uma candidatura de grupo. E nós não imaginávamos que o Jocelito voltaria a política. Mas vamos resolver essa situação até janeiro”, afirmou a deputada.
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Jocelito defende número maior de deputados de Ponta Gross na Câmara Federal

Para Jocelito Canto, o ideal é que a cidade de Ponta Grossa consiga eleger pelo menos três deputados federais.
“Lá atrás eu já dizia isso e só não ocorreu porque o Marcio Pauliki cometeu um erro partidário, ficou se enrolando demais e chegou na hora, ninguém deixou deixar ele se filiar em um partido com condição de eleição. Depois lançaram outros candidatos pra tirar votos dele, como estratégia. Mas acho que Ponta Grossa consegue eleger três federais”.
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Tendência de apoio do PSB a candidatura de Lula e a situação no Paraná
“A nota que eu concordei em assinar foi apenas para desmentir a informação de que o Roberto Requião iria assumir o PSB no Paraná. Nós não estamos falando de futuro ou qualquer ataque. Não podemos falar nada sobre isso antes da decisão nacional do partido. Tudo é especulação. E espero que o estado do Paraná tenha um bom debate.
O Requião tem um histórico, tem muitas qualidades, muitos servidos prestados à Ponta Grossa e ao Paraná. Mas também é muito polêmico e eu não concordo com muitas bobagens que ele fala. Mas eu não faço parte da executiva estadual e sim da nacional. Mas bancada estadual é base do Ratinho Junior, então é natural que eles tenham essa posição”.
Aliel responde críticas de que não teria atendido ligação do deputado Requião Filho
“O deputado Requião filho é um filhote do pai mesmo, pois ele gosta de aparecer e fazer polêmica, infelizmente as vezes não com a verdade. Eu encontrei ele depois que ele deu essa declaração na rádio e disse que nunca deixei de atender suas ligações. Ele é um deputado muito atuante, mas gosta de polêmica, assim com o seu pai. Não adianta querer construir as coisas na força, pois a política é arte do diálogo e do respeito. E essa é uma das críticas que eu faço ao Roberto Requião e também ao seu filho”.
OUÇA A DECLARAÇÃO SOBRE O PSB NO PARANÁ
O voto a favor do fundo eleitoral de até R$ 5,7 bilhões
Em sessão do Congresso Nacional na última sexta-feira (17), os deputados derrubaram o veto do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao aumento do fundão eleitoral para R$5,7 bilhões. Se o veto fosse mantido, o fundão teria o limite de R$ 2 bilhões.
Mas com a derrubada do veto, o valor será de R$ 5,7 bilhões, quase o triplo dos cerca de R$ 2 bilhões empregados nas eleições de 2018 e de 2020.
Aliel Machado votou pela derrubada do veto que limitaria o fundão em até R$ 2 bilhões, ou seja, votou a favor do valor do fundão eleitoral até R$ 5,7 bilhões.
Questionado sobre o seu voto, o deputado Aliel Machado disse que o PSB fechou questão pela derrubada o veto, ou seja, afirmou que não tinha autonomia para votar a favor do veto e contra o fundão de até R$ 5,7 bilhões.
“Teve uma determinação partidária determinando que os deputados teriam que votar pela derrubada do veto, inclusive quem não votasse assim, seriam excluídos e passível também de punição partidária, mas eu não estou querendo justificar. Eu defendia o meio termo. Tem gente que quer o financiamento privado novamente e foi aí que ocorreu toda a corrupção. Eu defendo o financiamento público, mas não concordo com o valor, por isso que manifestei meu voto contrário ao orçamento e essa lei orçamentária que vai definir o valor”, afirmou.
Na Câmara, o veto foi derrubado por 317 votos. Foram 317 votos pela derrubada do veto (“não” ao veto e a favor dos R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral). E 146 votos pela manutenção do veto (“sim” ao veto e contra o fundão de R$ 5,7 bilhões).
No senado, foram 53 votos pela derrubada do veto (não ao veto) e 21 votos pela manutenção do veto (sim ao veto)
A maioria da bancada dos deputados do Paraná votou pela derrubada do veto, ou seja, a favor do fundão eleitoral no valor de R$ 5,7 bilhões Foram 17 votos a favor do fundão eleitoral de quase R$ 6 bilhões e 9 contrários.
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