“Decepção, eles não deixam ninguém crescer”, diz Saulo: sobre Sandro Alex e Rangel


Em entrevista à Rádio Clube e ao Blog da Mareli Martins, o vice-prefeito de Ponta Grossa, Saulo Vinicius Hladyszwski (Republicanos), nesta quinta-feira (11), detalhou o racha que ocorreu no grupo que comanda a prefeitura de Ponta Grossa. Saulo disse que desde que decidiu disputar à Câmara Federal está sofrendo retaliações do grupo formado por Sandro Alex (PSD) e Marcelo Rangel (PSD). (Ouça a entrevista no final do texto)
Nesta semana todos os cargos em comissão do vice-prefeito foram exonerados pelo prefeito em exercício, Daniel Milla (PSD).
Saulo foi convidado por Sandro e Marcelo para ser o vice-prefeito de Ponta Grossa ao lado de Elizabeth Schmidt (PSD). Mas Saulo disse que foi colocado de lado em todas as decisões da prefeita, desde o início da gestão.
“Eu queria ser o secretário de segurança pública e não me deram esta secretaria. Mas me prometeram que eu participaria de todas as decisões junto com a prefeita. Achei que sentaria junto com a prefeita em todas as decisões e junto com as secretarias. Mas quando começou a gestão, percebi que eu não era chamado pra nada, nem mesmo para as reuniões com o secretariado. A prefeita me disse que o que estaria em jogo era o CPF dela e não o CPF do vice e me excluíram de tudo. No entanto, durante a eleição prometeram outra cosia, disseram que eu participaria de tudo”, afirmou.
Saulo disse que não concorda com muitas decisões da prefeita Elizabeth Schmidt, mas que nunca é convidado para participar das decisões.
Saulo disse que procurou o ex-secretário de Infraestrutura e Logística, Sandro Alex para comunicar a intenção em disputar a eleição de 2022, mas não recebeu apoio de Sandro.
“Procurei o Sandro Alex pra manifestar a minha vontade em disputar a eleição e como eu estava no PSD, inicialmente a ideia era disputar a estadual. Mas ele não me respondeu e na sequência começaram colocar o nome do Marcelo Rangel para disputar a assembleia. E eu cobrei a resposta por várias vezes, mas percebi que não teria o apoio deles e então me filei ao Republicanos pra poder disputar a eleição. Mudei de partido porque não tive apoio deles”, afirmou.
Saulo reconheceu que ficou decepcionado com o grupo de Sandro Alex e Marcelo Rangel, mas disse que vai continuar na política, mas em grupo diferente.
“Foi uma decepção porque eles não me deixaram ter voz, fui excluído. Mas agora eu terei postura diferente e vou continuar na política. Acredito que a política precisa de gente nova, mesmo que alguns grupos tentem eliminar as candidaturas novas”, disse.
Férias da prefeita e pedido de licença
Saulo deu a entender que o pedido de férias da prefeita Elizabeth foi estratégico para evitar que ele disputasse a eleição, se assumisse a prefeitura. Saulo explicou que o pedido de licença aprovado na Câmara dos Vereadores não trata apenas da cirurgia de sua esposa, mas de questões particulares.
“A prefeita não disse isso, mas claro que é estranho esse pedido de férias agora, poderia ser antes ou depois da eleição. Mas não foi o que ela me disse. O meu pedido de licença não é remunerado e se deve à questões particulares”, disse.
Exoneração dos cargos comissionados
O vice-prefeito disse que o prefeito em exercício, vereador Daniel Milla (PSD), terá que responder pelo que disse sobre os funcionários que trabalhavam no gabinete do vice-prefeito e que foram exonerados nesta semana.
“O Milla mentiu dizendo que eles eram fantasmas e que não estavam trabalhando e vai ter que responder por isso. Isso foi uma retaliação porque sou candidato à Câmara Federal. Se eu fosse não candidato esses cargos não teriam sido exonerados. Esse grupo prejudicou famílias simplesmente pelo fato de que vou disputar a eleição”, declarou.
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