Cachorra Resistência sobe a rampa e vira destaque na posse de Lula


A posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) teve quebra de protocolos e uma participante inusitada: a cachorra Resistência. Ela subiu a rampa do Palácio do Planalto, em Brasília, a cadela Resistência.
Em atenção a uma demanda de pais e entidades de apoio a crianças autistas, além de grupos de proteção animal, foi cancelada a salva de tiros de canhão e foram proibidos fogos de artifício sonoros, por recomendação da primeira-dama Rosângela Lula da Silva (Janja).
Protetores dos animais estão otimistas em todo Brasil sobre medidas e leis para proteção e defesa dos animais e leis mais severas contra quem pratica crimes. Existe uma expectativa pela proibição nacional da venda de fogos com alto estampido (foguetes) que causam danos para crianças, autistas, idosos e os animais.
Resistência é uma cadelinha sem raça definida e foi adotada por Lula e pela primeira-dama Janja. Resistência foi encontrada em 2018, quando ainda era filhote, nas ruas de Curitiba (PR), se desviando dos carros próximo ao local da vigília de militantes do PT em frente à Superintendência da Polícia Federal, onde o presidente estava preso.
Foi acolhida por dois metalúrgicos de São Bernardo do Campo (SP), Marquinho e Cabelo, e passou a viver no chamado “Acampamento Lula Livre”, onde estava sempre coberta por um lenço vermelho com a bandeira do partido.
A cadelinha foi, então, batizada com o nome daquela que era considerada a missão coletiva dos reunidos ali: Resistência.
A mascote da vigília pela liberdade de Lula adoeceu e foi acolhida por Janja, então namorada do presidente eleito, que a levou para casa e deu a ela os cuidados necessários. Resistência abandonou os lencinhos vermelhos para adotar um visual mais discreto, com estrelinhas vermelhas adornando seu pelo.
No dia da libertação de Lula da prisão, Resistência foi conhecer seu novo tutor e com ele voltou para São Bernardo do Campo, onde o presidente eleito morava antes das eleições. Em outubro de 2021, ela recebeu um aceno político nas redes sociais com a criação de um setorial dentro do PT para defesa dos direitos dos animais.
De acordo com a revista Veja, Resistência recebeu, em março de 2022, o título de “embaixadora canina da adoção” por sua função como inspiradora do movimento pró-direitos dos animais no partido.
