Cassado por fake news, Francischini ganha cargo no governo de Ratinho Jr


O ex-deputado Fernando Francischini (União Brasil) ganhou um cargo comissionado no governo de Ratinho Jr (PSD). Francischini foi condenado e teve o mandato de deputado estadual cassado por ter divulgado fake news sobre as urnas na eleição de 2018, quando ele era cabo eleitoral do ex-presidente Bolsonaro (PL). Antes os dois eram do PSL, que depois por meio de fusão com o Democratas deu origem ao União Brasil.
Ratinho Jr nomeou Francischini como um dos coordenadores da Secretaria da Mulher e Igualdade Racial.
Aliás, essa não foi a única nomeação polêmica nesta pasta. O governador nomeou um homem branco para Secretaria da Mulher e da Igualdade Racial, Rogério Carboni.
Depois de Rogério, foi nomeados outros quatro nomes masculinos para a pasta das Mulheres, incluindo o deputado cassado.
Após a polêmica, Ratinho Jr nomeou a deputada federal Leandre Dal Ponte (PSD) como secretária da Mulher e Igualdade Racial. No entanto, o ex-deputado das fake news foi mantido em cargo de chefia.
Francischini foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em outubro de 2021 com base na Lei Complementar 64/90. Ele afirmou no dia da eleição em 2018, sem apresentar provas, que urnas foram adulteradas para impedir a eleição do presidente Jair Bolsonaro.
Francischini era secretário de Segurança durante o ‘massacre do Centro Cívico
No dia 29 de abril de 2015, com um verdadeiro “tratoraço” e apoio de 31 dos 54 deputados estaduais, o ex-governador Beto Richa (PSDB) conseguiu aprovar na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), o projeto de lei, que mudou a fonte de pagamento de mais de 30 mil beneficiários para o Fundo Previdenciário. Dessa forma, a conta dessas aposentadorias passou a ser dividida com os próprios servidores, já que o fundo é composto por recursos do Executivo e do funcionalismo.
Na ocasião, no Centro Cívico, em Curitiba, professores, estudantes, agentes penitenciários e integrantes de movimentos sociais lutavam por direitos já adquiridos e foram atacados com balas de borracha, bombas, cassetetes e spray de pimenta. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas.
Francischini era o secretário de Segurança no ano de 2015 e até hoje é odiado pelos funcionários públicos, principalmente pelos professores.
Reelembre
ttps://marelimartins.com.br/2018/03/28/francischini-diz-que-massacre-do-centro-civico-nao-deixou-sequelas-definitivas-em-ninguem-e-que-faria-tudo-novamente-para-manter-a-ordem/