Ex-diretor do DER e empresário viram réus por corrupção passiva


O ex-diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR) Nelson Leal Júnior e o empresário de Curitiba João Schneider Filho viraram réus por corrupção passiva. Este é um desdobramento da Operação Integração, que iniciou em 2018. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (15) pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), que teve denúncia aceita pela 5ª Vara Criminal de Curitiba.
Nelson Leal foi diretor do DER durante o último mandato do ex-governador Beto Richa (PSDB), atualmente deputado federal. Leal disse que foi indicado ao cargo pelo irmão de Richa, José Richa Filho, que foi secretário de Infraestrutura e Logística do Estado.
O ex-diretor-geral do DER fechou acordo de colaboração premiada em 2018 com Ministério Público Federal (MPF) e chegou a ser preso na 48ª fase da Operação Lava Jato, chamada de Operação Integração. Nelson Leal ficou preso por três meses na Custódia da Polícia Federal, em Curitiba.
Os promotores afirmam que a corrupção passiva se deu entre 2015 e 2016, quando o então diretor teria recebido R$ 120 mil para beneficiar empresa de informática contratada pelo DER. O empresário é acusado de ser o intermediador.
Conforme o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP-PR, o empresário fez um contrato fictício de prestação de serviços para justificar a propina a ser paga ao ex-diretor do DER.
A investigação revelou que os valores iriam bancar as festas de final de ano dos servidores do DER-PR.
Segundo os promotores, o dono da empresa favorecida e que pagou a propina e firmou Acordo de Não Persecução Penal com o Ministério Público do Paraná e foi liberado do processo.