Senadores decidem “trabalhar” apenas três dias por semana


Após o feriado de Carnaval, no retorno ao Congresso, os senadores decidiram reduzir a própria jornada de trabalho. No ano passado, os parlamentares também aumentaram os próprios salários de R$ 39,2 mil de salário para R$ 41,6 mil no ano de 2023 e chegará até R$ 46.366,19 em 2026.
A nova jornada de “trabalho” dos senadores fará com que eles “trabalhem” apenas nove dias no mês em Brasília, sendo três dias por semana. A medida conta com o aval do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
Os parlamentares decidiram que os projetos só serão votados às terças, quartas e quintas-feiras. Segundas e sextas terão sessões não deliberativas, o que significa que os parlamentares não precisarão trabalhar nesses dois dias, pois não será considerado falta. Os políticos também instauraram uma semana de “trabalho” remoto. Na última semana do mês, os senadores não precisam permanecer em Brasília.
O líder do Podemos no Senado, Oriovisto Guimarães (PR), defendeu a medida que encurta as semanas e os meses. “Acho que foi um avanço. Isto vai permitir um maior contato com a base de cada senador, uma semana por mês”, afirmou. De acordo com ele, a decisão foi unânime entre os líderes na Casa.
Em nota, o Senado sustentou que a decisão apenas buscou revogar deliberações anteriores da Mesa Diretora da Casa que valeram para o período da pandemia.
A semana curta costumava ser um hábito no Congresso para que os senadores e deputados pudessem voltar aos seus Estados. No entanto, a pandemia permitiu que as votações fossem remotas. Mesmo com esse recurso, o privilégio de trabalhar apenas três dias na semana foi mantido.