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Após denúncia por tráfico de influência e corrupção, PL afasta Ricardo Arruda da presidência em Curitiba

Após denúncia por tráfico de influência e corrupção, PL afasta Ricardo Arruda da presidência em Curitiba
  • Publishedmarço 15, 2023
Na Assembleia Legislativa do Paraná, Ricardo Arruda se diz “conservador, de direita, contra a corrupção e defensor da moral e dos cidadãos de bem”. ( Foto: Orlando Kissner/Alep)

O Partido Liberal (PL) afastou o deputado estadual Ricardo Arruda da presidência do diretório do partido em Curitiba, após o deputado ser denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na investigação que apura o desvio de quase meio milhão de reais para benefício de empresa junto ao Governo do Paraná, crime chamado de tráfico de influência.

O deputado federal e presidente do PL no Paraná, Fernando Giacobo, disse que “a decisão foi tomada até que as denúncias apresentadas ao MPPR sejam apuradas”.

O caso de Arruda estava sob sigilo, mas recentemente se tornou público. Ricardo Arruda responde também por peculato e associação criminosa. O processo tramita no Órgão Especial do Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), pois Arruda tem foro privilegiado.

Na Assembleia Legislativa do Paraná, Ricardo Arruda afirma que é “conservador, de direita, contra a corrupção e defensor da moral e dos cidadãos de bem”.

O deputado é acusado de associação criminosa por, segundo o MP-PR, envolver assessores no esquema de ilícitos. O crime de peculato, diz a denúncia, foi cometido no desvio de dinheiro da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) para pagamento de terceiros.

Pelos mesmos crimes, três ex-assessores de Arruda também foram denunciados: Débora Moreira Cezar, Fabio Abel Manfrin Nonato e Fernando Aparecido Julião. Os crimes, segundo o MP-PR, ocorreram entre 2016 e 2017,gestão do ex-governador Beto Richa (PSDB), atualmente deputado federal.

Ricardo Arruda disse que as denúncias não tem fundamento e culpou os ex-assessores. “Com todo respeito ao MP, essa denúncia deles pra mim não vale absolutamente nada. Denúncia infundada. Não foi comigo, foram com assessores meus. Eu, no primeiro mandato, montei o gabinete com indicações e infelizmente errei nas contratações, peguei pessoas criminosas e não são assessores. Foram exoneradas imediatamente, foi feito boletim de ocorrência contra elas e feito um processo contra elas.”

Palavra dos órgãos citados

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) disse que não pode se pronunciar sobre casos que estão em julgamento.

A defesa do deputado federal Beto Richa (PSDB), que na época era governador do Paraná, disse que à época o governo não exerceu qualquer interferência.

A Assembleia Legislativa do Paraná disse que não recebeu nada, oficialmente, sobre esse assunto, e que não teve acesso ao teor da investigação.

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marelimartins

Mareli Martins é jornalista por formação e possui nove anos de atuação na área. Registro profissional: 9216/PR Objetivo do blog: Transmitir credibilidade aos leitores. O blog não possui parceria com nenhum grupo político. A intenção é disponibilizar um canal diferenciado, independente, sem amarrações políticas, com o compromisso de relatar a notícia com responsabilidade e profissionalismo.

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