Oposição da Alep pede que Lula revogue decreto que permite privatização da Copel


A privatização da Companhia Paranaense de Energia (Copel) voltou a ser tema de discursos na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) nesta semana.
O líder da oposição, deputado Requião Filho (PT), disse que a bancada vai pedir que o presidente Lula faça a revogação do decreto que publicado em dezembro de 2022 e que permite a privatização da Copel pelo governo de Ratinho Jr (PSD).
“Vamos formalizar junto ao governo federal um pedido para que o presidente Lula revogue o decreto que está levando à privatização da Copel. Empresa pública que ganhou prêmio de eficiência, mas o governador Ratinho Jr. disse que quer privatizar para deixar ‘eficiente’. É muito mais eficiente que todas as outras privatizadas juntas!”, afirmou.
Em dezembro de 2022, o governo federal publicou decreto alterando as regras de concessões de geração de energia elétrica em casos de privatização. O decreto alterou um anterior, de 2018, e excluiu dispositivo que condicionava a renovação de concessões à “existência de contrato de concessão de serviço público de geração vigente no momento da privatização e com prazo remanescente de concessão superior a 60 meses do advento do termo contratual ou do ato de outorga”.
A medida facilita a privatização da Copel, uma vez que a empresa pode ser privatizada mantendo suas principais hidrelétricas.
Segundo Requião Filho, a privatização da Copel vai “ferrar” com o povo e a economia do Paraná, uma vez que “energia cara atrapalha o agro, atrapalha a indústria, atrapalha as empresas, atrapalha as famílias”.
“Vamos juntos, bancada de Oposição e Bloco PT-PDT, pedir para que o presidente cumpra seus discursos de campanha e revogue este decreto usado como desculpa para a entrega da Copel. Querem privatizar a Copel para ferrar o povo do Paraná e ferrar nossa economia. Energia cara atrapalha o agro, atrapalha a indústria, atrapalha as empresas, atrapalha as famílias do Paraná. Dinheiro gasto para distribuir para acionistas da Copel é dinheiro que falta aos comércios, nas empresas, é dinheiro que falta para girar a roda da economia paranaense”, declarou.