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Celso Cieslak teria oferecido R$ 300 mil por falsificação do relatório da CPI da Saúde de PG

Celso Cieslak teria oferecido R$ 300 mil por falsificação do relatório da CPI da Saúde de PG
  • Publishedjunho 9, 2023
Geraldo Stocco (PV) diz que Celso Cieslak (PRTB) ofereceu R$ 300 mil por relatório falso da saúde. (Foto: Luiz Lacerda/CMPG)

A Operação Pactum deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na última terça-feira (6) revela um esquema vergonhoso que afeta a área mais caótica de Ponta Grossa, a saúde pública.

O vereador afastado do cargo, que foi presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde, Celso Cieslak (PRTB,) teria ofertado como vantagem indevida R$ 300 mil para o relator da CPI, Geraldo Stocco (PV), que teria recusado a oferta e depois disso denunciou a situação ao Ministério Público.

Segundo Geraldo Stocco, o valor de R$ 300 mil foi ofertado durante um café. “Nós já estávamos finalizando a CPI da Saúde, saímos tomar um café e em dado momento aconteceu a questão que relatei ao Gaeco. Eu relatei um crime, acredito que eu não fizesse isso, quem sabe o Gaeco estivesse na minha porta hoje.

Stocco ainda não revelou quais pontos Celso pretendia alterar no relatório da CPI da Saúde. O dinheiro  (R$ 300 mil) seria pago por uma empresa, que em troca ganharia uma licitação na Prefeitura de Ponta Grossa de forma ilícita.

Durante a Operação do Gaeco, além do vereador Cieslak, foi afastado também o diretor de Recursos Humanos da Prefeitura de Ponta Grossa, Eloir José da Silva.

A CPI da Saúde foi presidida pelo vereador Celso Cieslak (PRTB) e Geraldo Stocco era o relator. Também fazem parte da CPI os vereadores Léo Farmacêutico (PSD), Joce Canto (PSC) e Jairton da Farmácia (União Brasil).

As investigações, do núcleo do Gaeco em Ponta Grossa, apuram a existência de organização criminosa composta por agentes políticos, servidores públicos e empresários, voltada à prática dos crimes de fraude a licitações, tráfico de influência, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

As investigações tiveram início em novembro de 2022, a partir de declarações do vereador Geraldo Stocco (PV), então relator de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigava o sistema de saúde no município, noticiando que o vereador Celso Cieslak (PRTB), que era presidente da CPI da Saúde, teria oferecido vantagem indevida para modificar pontos do relatório final da CPI, lançando ainda a suspeita da existência de um esquema de propina envolvendo licitações para a compra de livros por diversas prefeituras e câmaras municipais, inclusive nos estados de Santa Catarina e São Paulo.

No curso das investigações, confirmaram-se indícios de um esquema de propina e direcionamento de licitações nas áreas de shows e eventos, de contratação de empresas para projeto de recuperação tributária e de compra de livros.

(Foto: Luiz Lacerda/ CMPG)

“Ele ofereceu dinheiro para dar uma aliviada no relatório da CPI da Saúde”, diz Stocco

“Em novembro de 2022 estava acontecendo a CPI da Saúde e eu era relator da Comissão. Um vereador (Celso) me procurou e me ofereceu dinheiro em espécie para dar uma aliviada e modificar pontos do relatório final da CPI. Eu neguei e denunciei o caso ao Ministério Público”, disse o vereador Geraldo Stocco (PV).

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