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Felipe Passos vai renunciar ao cargo de vereador em PG

Felipe Passos vai renunciar ao cargo de vereador em PG
  • Publisheddezembro 14, 2023
Vereador Felipe Passos (PSDB) protocola renúncia nesta quinta-feira (14). (Foto: CMPG)

O vereador Felipe Passos (PSDB) anunciou nesta quinta-feira (14) que deve renunciar ao cargo. O Blog da Mareli Martins entrou em contato com o vereador e com sua defesa.

Segundo o advogado Herculano Filho, “a renúncia será protocolada na Câmara na tarde desta quinta-feira”.

A decisão de Felipe Passos ocorre um dia depois da Comissão Parlamentar Processante (CPP) informar que o relatório final será pelo pedido de cassação do vereador.

Dessa forma, Passos vai renunciar para evitar que a votação final dos vereadores seja pela cassação.

“A decisão de renunciar foi tomada para preservar a saúde do vereador, que está fragilizada, bem como para possibilitar a continuidade do curso de medicina na universidade estadual de Maringá”, disse o advogado Herculano Filho.

O vereador Felipe Passos foi condenado pelos crimes de concussão ‘rachadinha’ e assédio sexual. A condenação ocorreu na 1ª Vara Criminal de Ponta Grossa, pela juíza Laryssa Angelica Copack. A decisão saiu na quarta-feira (4). A defesa vai recorrer da decisão.

Pelo crime de ‘rachadinha’, o vereador foi condenado a dois anos e quatro meses de reclusão e multa. Pelo crime de assédio sexual, a pena é de um ano de detenção. Mas a punição foi substituída por prestação de serviços à comunidade e pagamento de um salário mínimo. A juíza determinou que o vereador pode cumprir a pena em liberdade e prestar serviços comunitários.

A juíza Laryssa Angelica Copack afirmou, no despacho, que as provas e depoimentos das testemunhas comprovaram que o vereador Felipe Passos recebia parte do salário dos seus assessores.

“Não há dúvidas de que o réu, efetivamente utilizando-se de sua superioridade hierárquica, exigiu de seu ex-assessor Felipe Reis que repasse parte de seu salário, às vezes para custear a campanha eleitoral de 2020 e outras para o custeio de bens e serviços de cunho pessoal”.

Sobre o crime de assédio sexual, a juíza destacou que as conversas entre Passos e um dos assessores  provam o crime de assédio sexual. “Verifica-se que não há duvidas acerca do assédio sexual exercido pelo réu em relação à vítima Felipe Reis. Os ‘printscreens’ de conversas promovidas entre ambos, juntados no processo, revelam as investidas promovidas pelo réu durante o período em que Felipe Reis figurava como seu assessor”, escreveu a juíza.

A juíza absolveu o vereador de três acusações de assédio sexual e seis acusações de rachadinha, mas o condenou por uma acusação de assédio sexual e duas acusações de concussão.

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