Lesa Pátria: empresários do DF suspeitos de financiar acampamento bolsonarista são presos: PF cumpre 3 mandados no PR


Dois empresários do Distrito Federal foram presos nesta quinta-feira (29), na 25ª fase da operação Lesa Pátria, que investiga os ataques às sedes dos três poderes da República no dia 8 de janeiro de 2023. Os investigadores cumprem 34 mandados judiciais: 24 de busca e apreensão, três de prisão e sete de monitoramento eletrônico.
Os alvos são Joveci Xavier de Andrade e Adauto Lúcio de Mesquita. Ambos são sócios da rede Melhor Atacadista e suspeitos de financiar o acampamento bolsonarista em Brasília.
O nome dos outros alvos da Polícia Federal não foi divulgados. Segundo a PF, há um mandado de prisão preventiva a ser cumprido em São Paulo e dois no Distrito Federal.
Os sete alvos que devem ser monitorados por tornozeleira eletrônica são do Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), São Paulo (1) e Minas Gerais (1).
Além disso, os 24 mandados de busca e apreensão são cumpridos em Tocantins (8), São Paulo (6), Mato Grosso do Sul (2), Paraná (3), Rio Grande do Sul (1), Minas Gerais (1), Espírito Santo (1) e no Distrito Federal (2). As cidades ainda não foram divulgadas pela PF.
Os empresários presos no DF
Joveci já foi apontado como um dos financiadores o acampamento bolsonarista que ficava em frente ao Quartel-General do Exército Brasileiro, além de fornecer transporte para radicais que cometeram os ataques.
Ouvido na CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, Joveci negou ter participado dos ataques – mas, ao mesmo tempo, admitiu ter estado no local no momento dos atos de vandalismo.
Adauto Lúcio de Mesquita
Adauto é suspeito de transferir dinheiro para contas bancárias de golpistas, além de pagar o transporte até a Esplanada dos Ministérios no dia dos ataques às sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro.
Em relatório da Polícia Civil enviado à CLDF consta que, além de financiar os atos criminosos, Adauto também teria participado ativamente das manifestações golpistas. Em um vídeo divulgado em rede social, conforme investigações, Adauto apresenta um trio elétrico que teria sido alugado para alguma das manifestações e afirma que seria “o maior de Brasília”.
O que dizem os que foram presos
Em nota, a defesa dos empresários informou que “não obteve acesso à decisão”.