Após abrir crise no PL e no PSDB, Beto Richa desiste de trocar de partido


A possível filiação do deputado federal e ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB) no PL durou menos de 24h. Richa se reuniu com a cúpula do PL na quarta-feira (13), em Brasília, para discutir a filiação e pré-candidatura ao cargo de prefeito de Curitiba. Nesta quinta-feira (14), Richa anunciou que desistiu de mudar de partido.
A decisão ocorreu após reunião com a cúpula do PSDB, que não estava disposta a lhe dar a carta de anuência para deixar o partido — sem ela, ele perderia o mandato de deputado federal.
Segundo a assessoria de Richa, “O PSDB não liberou a saída do deputado federal Beto Richa e com isso, para não correr o risco de perder o mandato, ele decidiu ficar no partido. Mas mantém a pré-candidatura a prefeito de Curitiba”, diz a nota.
“Uma semana antes, o partido havia dado uma carta de anuência ao deputado Carlos Sampaio, para sair do PSDB sem o risco de perder o mandato. Mas no meu caso foi diferente”, disse.
Richa ressaltou, no entanto, que foi convencido a ficar no partido. “Recebi apelos para permanecer no PSDB. Fui lembrado das batalhas políticas e eleitorais que juntos enfrentamos nas últimas décadas”, afirmou.
Segundo ele, a sua saída poderia prejudicar o PSDB. “Parecia óbvio, para meus amigos da direção do partido, que a minha saída poderia estimular outros filiados a fazer o mesmo. Prevaleceu o peso do compromisso com o PSDB, um partido que mudou o Brasil para muito melhor”, completou.
A possível ida de Richa para o PL gerou protestos dentro do PL, principalmente na ala mais radical. O PL já havia colocado o nome do deputado estadual Ricardo Arruda como pré-candidato à prefeitura de Curitiba.
Ricardo Arruda, um dos bolsonaristas mais radicais, foi às redes e disse que o partido jamais aceitaria um “ex-presidiário”.
Ricardo Arruda pediu que seus eleitores “não colocassem a culpa em Bolsonaro, mas sim em Filipe Barros”.
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