Privatização das escolas: “PL é tão ruim que deputados se esconderam e votaram em sessão online”, diz Requião Filho

“O projeto é tão ruim que os deputados do governo resolveram fazer sessão remota, para não ter que encarar a opinião pública de frente, foi uma vergonha,” criticou o deputado e líder da oposição, Requião Filho (PT). (Foto: Instagram/Reprodução)

Nesta segunda-feira (3), a Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) aprovou em 1ª discussão, em sessão online, o polêmico Projeto de Lei nº 345/2024, que repassa a gestão das escolas públicas para a iniciativa privada. A votação ocorreu em meio a intensos protestos e resistência da oposição, que criticou duramente a medida.

A sessão foi feita online, porque o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Ademar Traiano (PSD), suspendeu a sessão presencial depois ter sido chamado de “ladrão” pelos manifestantes que ocuparam as galerias da Alep. Traiano disse que a Casa foi invadida.

Antes disso, às 11h, Traiano deu uma ordem para restringir a entrada de visitantes na Alep. Ele só esqueceu de dizer que a Alep é um espaço público!

Vale lembrar que Traiano confessou ao Ministério Público confessou ao Ministério Público que recebeu propina no esquema de corrupção da TV Assembleia. Será que agora corrupção não é mais roubo?

“O projeto é tão ruim que os deputados do governo resolveram fazer sessão remota, para não ter que encarar a opinião pública de frente, foi uma vergonha,” criticou o deputado e líder da oposição, Requião Filho (PT).

 Ele também destacou a falta de transparência e a pressa indevida na aprovação do projeto.

VEJA A DECLARAÇÃO DE REQUIÃO FILHO

Deputados de Oposição criticam projeto

Professor Lemos (PT): “Nosso voto é contra esse maldito projeto que desvia recursos da educação para entregar, sem transparência, a empresários. A escola pública não precisa de gestão privada, precisa de atenção do estado, investimento e valorização dos profissionais da educação. O PL 345/24 é um escárnio, um desrespeito à educação do estado do Paraná.”

Arilson Chiorato (PT): “O projeto, que querem implantar a qualquer custo, é maléfico. Mais do que isso: é um projeto criminoso contra a escola pública do Paraná, mas já ingressamos com várias medidas, como o mandado de segurança, e vamos continuar ainda mais atuantes nesta semana. A Ação Direta de Inconstitucionalidade está pronta.”

Renato Freitas (PT): “Essa iniciativa só pode vir de um tipo de gente que, infelizmente, povoa a Assembleia: pessoas que nunca estudaram na escola pública nem nunca foram terceirizados. Eles que não conhecem nem a escola e nem os trabalhadores da educação, muito menos os estudantes de escola pública. Eles veem na escola uma fonte de enriquecimento ilícito.”

Dr. Antenor (PT): “Vamos votar contra a privatização das escolas no Paraná. A educação pública será entregue para quem quer lucrar com ela e não tem compromisso com a educação. A privatização cria o caos para aqueles que sonham em mudar de vida. A educação pública é um direito de cidadania.”

Ana Júlia (PT): “Este projeto permite intervenção pedagógica pela empresa terceirizada. Precisamos garantir educação pública de qualidade, universal e emancipadora. Não à privatização e ao sucateamento da educação!”

Oposição segue se mobilizando contra a privatização

Na reunião extraordinária da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), realizada depois das duas sessões que ocorreram nesta segunda-feira, os parlamentares aprovaram apenas uma das seis emendas protocoladas pela Oposição.

Na terça-feira (4), a CCJ se reunirá novamente, às 13h30. Os deputados de Oposição vão apresentar um voto em separado pela aprovação de todas as emendas, para que sejam votadas em plenário na sessão das 14h30.

A Bancada de Oposição continua firme na luta contra a privatização da educação pública no Paraná, buscando garantir transparência, valorização dos profissionais e qualidade no ensino.

Como cada deputado votou:

CONTRA

  1. Ana Júlia (PT)
  2. Arilson (PT)
  3. Cristina Silvestri (PSDB)
  4. Dr. Antenor (PT)
  5. Evandro Araújo (PSD)
  6. Goura (PDT)
  7. Luciana Rafagnin (PT)
  8. Mabel Canto (PSDB)
  9. Ney Leprevost (União)
  10. Professor Lemos (PT)
  11. Renato Freitas (PT)
  12. Requião Filho (PT)
  13. Tercílio Turini (PSD)

A FAVOR

  1. Adao Fernandes Litro (PSD)
  2. Alexandre Amaro (REPUBLICANOS)
  3. Alexandre Curi (PSD)
  4. Alisson Wandscheer (PROS)
  5. Anibelli Neto (MDB)
  6. Artagão Júnior (PSD)
  7. Bazana (PSD)
  8. Batatinha (MDB)
  9. Cantora Mara Lima (REPUBLICANOS)
  10. Cloara Pinheiro (PSD)
  11. Cobra Repórter (PSD)
  12. Delegado Jacovós (PL)
  13. Delegado Tito Barichello (UNIÃO BRASIL)
  14. Denian Couto (PODEMOS)
  15. Do Carmo (UNIÃO BRASIL
  16. Douglas Fabricio (CIDADANIA)
  17. Fabio Oliveira (PODEMOS)
  18. Flavia Francischini (UNIÃO BRASIL)
  19. Gilson De Souza (PL)
  20. Gugu Bueno (PSD)
  21. Hussein Bakri (PSD)
  22. Luis Corti (PSB)
  23. Luiz Fernando Guerra (UNIÃO BRASIL)
  24. Marcel Micheletto (PL)
  25. Marcelo Rangel (PSD)
  26. Marcio Pacheco (REPUBLICANOS)
  27. Maria Victoria (PP)
  28. Marli Paulino (SOLIDARIEDADE)
  29. Matheus Vermelho (PP)
  30. Moacyr Fadel (PSD)
  31. Paulo Gomes Da TV (PP)
  32. Ricardo Arruda (PL)
  33. Romanelli (PSD)
  34. Samuel Dantas (PROS)
  35. Secretária Márcia (PSD)
  36. Soldado Adriano José (PP)
  37. Thiago Bührer (UNIÃO BRASIL)
  38. Tiago Amaral (PSD)
  39. Nelson Justus (União Brasil)

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