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Dr. Magno (Novo) defende Parcerias Público-Privadas (PPPs) e gestão enxuta em PG: veja a entrevista

Dr. Magno (Novo) defende Parcerias Público-Privadas (PPPs) e gestão enxuta em PG: veja a entrevista
  • Publishedsetembro 4, 2024
Em entrevista ao Blog da Mareli Martins, Dr. Magno (Novo), sugere Parcerias Público-Privadas (PPPs) e economia nos gastos públicos.

Nesta terça-feira (3), o Blog da Mareli Martins entrevistou o candidato a prefeito de Ponta Grossa, Dr. Magno Zanellato (Novo). (Assista a entrevista no final do texto)

Todos os candidatos foram convidados a participar desta série de entrevistas. Elizabeth Schmidt (União Brasil) foi entrevistada na segunda-feira (2). Aliel Machado (PV) será o entrevistado de quarta-feira (4) e Mabel Canto (PSDB) na quinta-feira (5).

Marcelo Rangel (PSD) não aceitou conceder entrevista e alegou que “quer evitar confrontos” O Blog da Marelli ressalta que o espaço segue aberto para Rangel e todos os candidatos. 

Rangel teve sua candidatura impugnada pela justiça eleitoral de Ponta Grossa, mas recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e aguarda a decisão. O candidato teve as contas reprovadas.

Durante os 50 minutos de entrevista, mais um minuto para as considerações finais, Magno Zanellato detalhou suas motivações para participar da política e as propostas da sua candidatura para Ponta Grossa.

De vereador a candidato a prefeito

Magno disputou uma eleição pela primeira vez em 2016, quando foi eleito vereador de Ponta Grossa pelo PDT, partido com raízes na esquerda.

No entanto, ele explicou que sua entrada no PDT foi motivada por sua confiança em uma pessoa específica, e não por afinidade ideológica. 

“Eu não escolhi um partido, escolhi uma pessoa que eu julgava ser um bom gestor e me convidou para participar porque eu sempre vislumbrei um bom gestor na administração pública, cuidando bem do dinheiro público”, afirmou, em referência ao empresário e ex-deputado estadual, Márcio Pauliki.

Magno disse que enfrentou dificuldades durante seu mandato como vereador por “não concordar com as lideranças nacionais e estaduais do partido”.

O candidato explicou que o seu ingresso no Partido Novo em 2023 e sua campanha para a prefeitura de Ponta Grossa foi motivada pela insatisfação com a maneira como a política é tradicionalmente conduzida no Brasil.

“Entramos na política por idealismo, por querer uma política melhor. As pessoas estão cansadas do jeito que é feita a política”, afirmou Magno.

Alinhamento com Bolsonaro

Quando questionado sobre sua posição política, Magno foi claro ao afirmar que está mais alinhado com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) do que com o presidente Lula (PT). “Eu estou muito mais ao lado do Bolsonaro do que ao lado do Lula, sem sombra de dúvida”, respondeu. 

Apesar disso, ele ressaltou que não concorda com todas as atitudes de Bolsonaro e que prefere uma abordagem mais conciliadora de fazer política.

“Eu concordo com muitas atitudes dele [Jair Bolsonaro]. Muitas. Eu sou muito mais favorável do que desfavorável. É lógico que tem coisas que não concordamos. Isso é fato”, disse.

O candidato citou como exemplo de políticos que inspiram a sua candidatura os governadores Ratinho Júnior (PSD – Paraná), Tarcísio de Freitas (Republicanos – São Paulo) e Romeu Zema (NOVO – Minas Gerais), além do prefeito de Joinville, Adriano Silva (NOVO).

“O prefeito de Joinville consegue agradar 85% da população, mesmo sendo do Partido Novo consegue agradar petistas que estão super satisfeitos com a administração”, destacou.

A vacina contra a Covid-19

Como médico, Magno abordou a controvérsia em torno das vacinas contra a Covid-19 durante o governo de Jair Bolsonaro. Ele argumentou que houve uma extrapolação ao rotular o ex-presidente como antivacina. “A esquerda usou isso para atacá-lo, mas na verdade o ponto crucial era ser a favor da liberdade”, disse. 

Magno revelou que tomou as duas primeiras doses da vacina, mas optou por não tomar as doses subsequentes. “Minha carteira de vacinação é completa. Eu sou um dos médicos que mais prescreve vacinas. Vou ficar chateado se alguém falar que eu sou antivacina. Só que com a vacina da Covid, particularmente, eu tenho minhas restrições”, explicou.

Administração pública e saúde

Magno defendeu a contratação de pessoas estritamente técnicas para cargos comissionados e propôs uma reestruturação das secretarias para otimizar os gastos. “O que a gente puder enxugar da administração pública, deve ser enxugado”, afirmou.

Na área da saúde, Magno se mostrou cético quanto à implementação da gestão plena, proposta pela atual prefeita Elizabeth Schmidt.

Ele explicou que, embora a gestão plena possa dar mais controle ao município, também pode sobrecarregar as finanças devido aos altos custos dos tratamentos de saúde. “Tenho um grande receio que isso pode dar mais errado do que certo”, avaliou.

Sobre a reabertura do pronto-socorro municipal, Magno afirmou que a cidade “não pode abrir mão”, mas considera que há soluções mais rápidas e práticas, como o uso de hospitais filantrópicos para suprir a demanda por internamentos e cirurgias.

Ele sugeriu a criação de Parcerias Público-Privadas (PPPs) para contratar leitos e resolver rapidamente o problema da falta de atendimento hospitalar. “A prefeitura tem recurso, é só saber fazer a boa gestão”, afirmou.

Outras propostas para a saúde mencionadas por Magno são a criação de uma central de receitas para renovar prescrições médicas de pacientes crônicos e o atendimento domiciliar para pacientes acamados.

Além disso, ele sugeriu a implementação de um “carretão da saúde” para atender alunos e professores diretamente nas escolas, ajudando a identificar e tratar problemas de saúde precocemente.

Educação

Na área da educação, Dr. Magno defendeu a ideia de Público-Privadas (PPPs) para resolver o problema da falta de vagas nos Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs). Ele sugeriu que grandes empresas locais possam colaborar na criação de creches para os filhos de seus funcionários.

Questionado se a sua equipe já realizou um levantamento para verificar quanto custaria para ser colocado em prática suas propostas, Magno respondeu que “acredito que dinheiro não falta, falta gestão”.

Transporte coletivo

Sobre o transporte coletivo, Magno criticou o monopólio existente e propôs a criação de lotes de transporte, com mais de uma empresa operando na cidade. Ele acredita que a concorrência entre as empresas melhoraria a qualidade do serviço oferecido à população.

Uso do fundo eleitoral e o futuro político

Magno afirmou que ele e o partido Novo são contrários ao fundo eleitoral, o fundo público destinado ao financiamento de campanhas eleitorais.

Ainda assim, decidiu utilizar uma parte dos recursos disponíveis para a campanha, alegando que, se não o fizesse, o dinheiro seria redistribuído entre outros partidos. 

“O partido Novo sofreu um encolhimento de 2020 para 2024 por não usar fundo eleitoral E daí resolveu utilizar. Mas mesmo assim é utilizado infinitamente menos recurso do que os outros partidos”, afirmou. Ele incentivou os eleitores a compararem os gastos de sua campanha com os de outros candidatos.

O candidato expressou frustração pelo fato de seu partido não ter tempo no horário eleitoral gratuito. “É terrível”, afirmou. Apesar disso, ele declarou que sua campanha não depende apenas de aparições na mídia. “Estamos indo de bairro em bairro, conversando com as pessoas, mostrando quem somos e o que defendemos, junto com nossos vereadores. Precisamos de apoio, especialmente daqueles que não concordam com a política tradicional”.

Magno também comentou sobre a possibilidade de apoiar outros candidatos em um eventual segundo turno. “Eu acho que na política sempre tem possibilidade”, disse, mas destacou que isso será decidido em conjunto com o diretório do partido e seus apoiadores.

Considerações finais

“Queremos uma cidade pujante, com projetos para 30 anos, e não um projeto para 4 anos. Nós temos uma vontade de participar da política porque nós não concordamos com o jeito de se fazer política, onde o interesse do candidato é exclusivamente com o ego, para mostrar que ele fez isso ou aquilo. Na verdade, esse dinheiro é do povo, esse dinheiro é do pagador de impostos”, concluiu.

Assista a entrevista completa

Agenda de entrevistas

Segunda-feira (2) Elizabeth Schmidt (União Brasil)

Terça-feira (3): Dr. Magno Zanellato (Novo)

Quarta-feira (4), às 19h, Aliel Machado (PV)

Quinta-feira (5), às 19h, Mabel Canto (PV)

Somente o candidato Marcelo Rangel (PSD) não aceitou conceder entrevista, como já fez na primeira rodada, durante a pré-campanha. Rangel disse que “quer evitar confrontos”. Recentemente, ele também não foi no debate na UEPG.

Rangel teve sua candidatura impugnada pela justiça eleitoral de Ponta Grossa, mas recorreu ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e aguarda a decisão. O candidato teve as contas reprovadas.

Esta matéria foi realizada com a colaboração do estagiário (estudante de jornalismo), João Vitor Pizani. A supervisão é da jornalista Mareli Martins (Registro Profissional: 9216/PR), conforme convênio de estágio firmado com a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).

1 Comment

  • Realmente o Partido Novo não concorda com o uso de recursos públicos para gastos com campanha política. O dinheiro do pagador de imposto sob a visão do Partido Novo é para investimentos que tragam retorno para o povo e hoje principalmente nas áreas críticas como Saúde, segurança e educação. Existe dois fundos, um é o Partidária e o outro o Eleitoral. Prova desse princípio que o novo defende, foi a devolução de R$ 89 milhões de reais aos cofres públicos, referente ao fundo partidário, pois assim o recurso pode ser direcionado para áreas acima indicada. O novo tentou através de seus mandatários criar uma lei que possibilitasse aos partidos devolver o recurso aos cofres públicos, porém por maioria absoluta, os mandatários dos demais partidos não aprovaram. Hoje se o Novo devolvesse esse recurso, ele seria rateado e distribuído entre os demais partidos. O Novo manteve os valores em aplicação, porém como não logrou êxito, fez consulta interna onde 80% dos filiados aprovaram utilizar esse recurso aplicado no pleito de 2024, face impossibilidade de devolução. O Novo continua em defesa de uma lei que possibilite nos próximos pleitos, a devolução desse fundo para os cofres públicos.

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