PSOL ficará neutro em PG no 2º turno: partido relembra escândalos de Jocelito Canto e critica gestão de Elizabeth


O PSOL de Ponta Grossa declarou nesta segunda-feira (14) que ficará neutro no 2º turno, em Ponta Grossa. No primeiro turno, o partido apoiou o deputado federal Aliel Machado (PV), que terminou em quarto lugar com 35.948 votos. Antes, o PSOL lançou como pré-candidata a professora Renata, mas retirou a candidatura.
Em nota, o PSOL afirmou que as candidatas Mabel Canto (PSDB) e Elizabeth Schmidt (União Brasil) representam “a continuidade de políticas que perpetuam as desigualdades e o controle das máquinas eleitorais”.
O partido relembrou os problemas que ocorreram na gestão do pai de Mabel Canto, o ex-prefeito Jocelito Canto, principal mentor da campanha da deputada e o mais forte cabo eleitoral da candidata.
“Jocelito, que já governou a cidade, teve uma gestão marcada por escândalos de corrupção, fechamento de 70% dos postos de saúde, greves do funcionalismo e um hiper endividamento da prefeitura, o que paralisou diversos serviços públicos essenciais. Esses escândalos foram tão notórios que até foram destaque em matérias do programa Fantástico, manchando a reputação da cidade com um selo de corrupção”, diz a nota do PSOL.
O PSOL também destacou as posições da vice de Mabel, a ruralista Sandra Queiroz. “Mabel tem como vice a senhora Sandra Queiroz, líder da UDR (União Democrática Ruralista), que nas décadas de 80 e 90 foi responsável por organizar milícias e promover a perseguição e assassinato de sem-terras. Esse alinhamento reforça o caráter elitista de sua candidatura, ligada à família Canto, servos dos interesses das classes dominantes de Ponta Grossa. Em uma visita a uma empresa de Ponta Grossa, sem saber que havia moradores da ocupação Ericson John Duarte presentes, Sandra Queiroz fez um comentário revelador sobre o Parque das Andorinhas e a ocupação, afirmando que tem um projeto de duplicação para a Rua Rio Cavernoso e já aproveita para tirar aqueles favelados de lá”, foram as palavras de Sandra, segundo o PSOL.
Sobre Elizabeth Schmidt, o partido destacou os apoios que a candidata terá no segundo turno. “Cabe ressaltar que Elisabeth contará nesse segundo turno com o apoio de Ratinho, o governador que tem destruído a educação pública por meio do sucateamento dos colégios e da militarização. Ela também já conta com o apoio do PL de Bolsonaro e de Ricardo Zampieri, político de Ponta Grossa que tenta se vender como novidade, mas que é apenas herdeiro dos privilégios adquiridos pela casta política local”, diz o PSOL em nota.
Após os apontamentos, o PSOL disse que não pode apoiar nenhuma das candidatas. “Diante dessas opções, que são faces da mesma moeda, o PSOL não pode apoiar nenhum desses projetos. Tanto Elisabeth quanto Mabel perpetuam um modelo político que não atende às necessidades da população trabalhadora e vulnerável”.
VEJA A NOTA DO PSOL
Não há alternativas para os de baixo neste segundo turno
O PSOL Ponta Grossa reafirma sua posição crítica diante das opções do segundo turno entre Elisabeth (União Brasil) e Mabel (PSDB). Ambas representam a continuidade de políticas que perpetuam as desigualdades e o controle das máquinas eleitorais.
Elisabeth carrega como vice um pastor alinhado ao conservadorismo que, nos últimos anos, tem se destacado na política nacional com a pauta dos costumes, defendendo de maneira hipócrita a família. Contudo, essa defesa exclui direitos fundamentais como moradia, saúde, educação, transporte, direitos LGBTQIA+ e a preservação do meio ambiente.
A família que defendem, na realidade, é a elite, que se beneficia dos privilégios de sempre. Cabe ressaltar que Elisabeth contará nesse segundo turno com o apoio de Ratinho, o governador que tem destruído a educação pública por meio do sucateamento dos colégios e da militarização. Ela também já conta com o apoio do PL de Bolsonaro e de Ricardo Zampieri, político de Ponta Grossa que tenta se vender como novidade, mas que é apenas herdeiro dos privilégios adquiridos pela casta política local.
Mabel, por sua vez, tem como vice a senhora Sandra Queiroz, líder da UDR (União Democrática Ruralista), que nas décadas de 80 e 90 foi responsável por organizar milícias e promover a perseguição e assassinato de sem-terras. Esse alinhamento reforça o caráter elitista de sua candidatura, ligada à família Canto, servos dos interesses das classes dominantes de Ponta Grossa.
Além disso, Jocelito, que já governou a cidade, teve uma gestão marcada por escândalos de corrupção, fechamento de 70% dos postos de saúde, greves do funcionalismo e um hiper endividamento da prefeitura, o que paralisou diversos serviços públicos essenciais. Esses escândalos foram tão notórios que até foram destaque em matérias do programa Fantástico, manchando a reputação da cidade com um selo de corrupção.
Em uma visita a uma empresa de Ponta Grossa, sem saber que havia moradores da ocupação Ericson John Duarte presentes, Sandra Queiroz fez um comentário revelador sobre o Parque das Andorinhas e a ocupação, afirmando: “Nós temos um projeto de duplicação para a Rua Rio Cavernoso e já aproveitamos para tirar aqueles favelados de lá.” Essa fala revela o que realmente pensam sobre os mais pobres e sobre aqueles que lutam por um pedaço de terra para chamar de seu. Assim é como pretendem governar: excluindo e desrespeitando os direitos básicos da população mais vulnerável.
Diante dessas opções, que são faces da mesma moeda, o PSOL não pode apoiar nenhum desses projetos. Tanto Elisabeth quanto Mabel perpetuam um modelo político que não atende às necessidades da população trabalhadora e vulnerável.
O voto nulo é nossa forma de protesto contra essa falsa escolha e reafirmação de nosso compromisso com uma alternativa verdadeiramente popular e transformadora. Nossa luta é por uma política que atenda às demandas da maioria e não da elite local que, há décadas, se beneficia do poder. Por isso, convidamos nossa militância e apoiadores a se posicionarem de forma crítica neste segundo turno e a seguirem firmes na construção de um futuro de justiça social e igualdade.
Ponta Grossa, 14 de outubro de 2024.
Direção PSOL Ponta Grossa
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Todos farinha do mesmo saco, tanto Psol quanto os demais querem apenas uma coisa: O PODER. depois que conseguem, a história é outra…