Deputados alertam para riscos do pedágio urbano nas rodovias do Paraná


Os deputados Evandro Araújo (PSD), Tercílio Turini (MDB) e Luiz Cláudio Romanelli (PSD) alertaram nesta quarta-feira (5) sobre os riscos da cobrança de pedágio no sistema “free flow” em áreas urbanas e conurbadas das rodovias do Paraná.
Os deputados solicitaram à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) a reavaliação da cobrança prevista nas concessões do Lote 4. “Se não forem estabelecidos critérios diferenciados em trechos urbanos, a população local e de municípios de regiões conurbadas terá grande prejuízo”, disseram os deputados.
No documento enviado à ANTT, Romanelli, Turini e Araújo alertam que “os trechos intermunicipais das rodovias não são utilizados apenas por motoristas em trânsito, mas principalmente por moradores que cruzam as vias para acessar atividades básicas como trabalho, saúde, educação, lazer e outros compromissos cotidianos”.
Os deputados querem que a ANTT delimite áreas isentas de pedágio em um raio de pelo menos 30 quilômetros fora do eixo urbano ou metropolitano, permitindo diferenciar trechos de uso predominantemente local dos demais tipos de deslocamentos.
Romanelli, Turini e Araújo pedem também que o sistema de cobrança “free flow” respeite a distância mínima em municípios conurbados geograficamente. Reforçam que é “fundamental priorizar a manutenção e a ampliação de rotas alternativas gratuitas, permitindo à população opções viáveis para deslocamento”.
A Folha de Londrina destacou o impacto que esse ripo de pedágio pode causar à população. “Vejamos um exemplo de cálculo no Paraná: com a cobrança de R$0,20 por quilômetro rodado, a distância de 18,5 km entre Sarandi e o Aeroporto de Maringá terá um custo total de R$3,70. Esse valor pode representar um impacto significativo, especialmente para os moradores locais que utilizam essas vias diariamente e várias vezes ao dia para acessar serviços essenciais”, diz a matéria da Folha de Londrina, na edição desta segunda-feira (3).