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Preço do café sobe pelo 13º mês seguido e fabricantes criam “café fake”

Preço do café sobe pelo 13º mês seguido e fabricantes criam “café fake”
  • Publishedfevereiro 11, 2025
Café fake imita o café de forma artificial e pode conter impurezas. (Foto: Divulgação ABIC)

O preço do café moído subiu pelo 13º mês seguido em janeiro, registrando uma alta de 8,6% em relação a dezembro. Esse é o maior aumento mensal já registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que monitora os valores por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos últimos 12 meses, a alta acumulada já chega a 50%.

E diante da alta no preço, fabricantes inventaram o “café fake”, como próprio nome diz é uma bebida falsa e que imita o café de forma artificial. São misturadas impurezas ao café, que podem incluir cascas, mucilagem, pau, pedra e palha. Todos itens proibidos por lei para o consumo humano, segundo a legislação brasileira.

Um exemplo de café fake é o produto Melissa, que leva nome semelhante a uma marca conhecida, com embalagem com as mesmas cores e uma xícara de café imitando a embalagem do café verdadeiro da marca.

No Brasil, a legislação sanitária e de defesa agropecuária proíbe a comercialização de café misturado com resíduos. Conforme orientação da Associação Brasileira das Indústrias de Café (ABIC), o mais seguro para o consumidor é procurar por produtos que tenham o selo ABIC.

Segundo a ABIC, o produto falso tem escrito nos rótulo as frases ‘bebida sabor café’ e ‘pó para preparo de bebida à base de café’.

Como saber se o café é falso?

Segundo a ABIC, o produto tem escrito nos rótulo as frases ‘bebida sabor café’ e ‘pó para preparo de bebida à base de café’.

“A legislação sanitária prevê que a disponibilização de novos alimentos e novos ingredientes no mercado requer autorização prévia da Anvisa mediante a comprovação da segurança de consumo. O comércio irregular e o consumo de produtos clandestinos por empresas sem registro nos órgãos oficiais, além de violar a legislação, oferecem riscos à saúde”, diz a ABIC.

Fotos de café fake já circulam pelas redes sociais e com preços bem mais baixos do que o café verdadeiro, cerca de R$ 13,00, 500 gramas.

Preço do café sobe pelo 13º mês seguido no Governo Lula

O preço do café moído subiu pelo 13º mês seguido em janeiro, registrando uma alta de 8,6% em relação a dezembro. Esse é o maior aumento mensal já registrado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que monitora os valores por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Nos últimos 12 meses, a alta acumulada já chega a 50%.

O aumento no preço reflete a valorização do café na origem. De acordo com monitoramento da Universidade de São Paulo (USP), a cotação da variedade arábica – a mais produzida no Brasil – atingiu US$ 479 por saca de 60 kg no dia 10 de fevereiro, um salto de 163% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O principal fator por trás dessa elevação é a maior demanda no mercado externo. O Brasil, maior produtor global do grão, destina 66% da sua safra para exportação. Ao longo de 2024, o volume embarcado aumentou 30% em relação a 2023, e 2025 já começou com um crescimento de 10% nas exportações em comparação ao ano anterior.

Com esse aumento das vendas para o exterior, o preço médio do café exportado disparou, alcançando US$ 5,3 mil por tonelada em janeiro de 2024 – um avanço de 8% em relação ao mês anterior e de 63% sobre janeiro de 2023.

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