
Desde 1 de janeiro até esta quinta-feira (29), passaram-se 149 dias. E ao longo deste período, os brasileiros trabalharam exclusivamente para pagar tributos, segundo o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário.
Os impostos mantém os serviços que recebemos do estado, mas, nem sempre, o consumidor nem sempre consegue identificar o tamanho da fatura.
O Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação, o IBPT, fez a conta. “Através de um cálculo feito do nosso banco de dados que levantamos a tributação sobre o rendimento médio do brasileiro, incluindo renda, patrimônio e consumo, e chegamos ao percentual de 40,82%.”
Um gráfico mostra a variação da parcela dos gastos dos brasileiros anualmente com impostos. Em 2023, era quase de 37% da renda anual. Chegou a pico em 2016 e se manteve por mais três anos. E agora está perto dos 41% cento.
Isso significa que do primeiro dia do ano até esta quinta-feira (29), o brasileiro trabalhou só para pagar imposto. Foram 149 dias – tem sido a média dos últimos seis anos.
A reforma tributária que foi aprovada no Congresso promete tornar mais simples e eficiente a cobrança de impostos no Brasil. E também vai permitir que o consumidor saiba quanto está pagando de imposto na hora da compra. A transição para o novo sistema começa daqui a dois anos.
O IBPT afirma que as mudanças – que dependem de regulamentação – não vão pôr fim à principal queixa dos milhões de brasileiros que pagam direitinho seus impostos.
Segundo o estudo, entre os 30 países com maior carga tributária do mundo, o Brasil ainda é o que menos consegue devolver os tributos em forma de benefícios para a população.