Relatório da Agência Nacional das Águas mostra que fiscalização de barragens no Paraná é precária


O crime provocado pela ganância em Brumadinho (MG), deixando centenas de vítimas dessa atrocidade desperta o nosso olhar para a situação de todas as barragens no Brasil, principalmente na fiscalização.
E o último relatório da Agência Nacional de Águas (ANA), de 2017, mostra que é preocupante a situação do Paraná. Segundo os dados, a implementação da Política Nacional de Segurança de Barragem no Estado do Paraná é de competência fiscalizatória do Instituto ÁGUASPARANÁ. E a principal dificuldade é a falta de técnicos que possam dedicar-se apenas a este tema.
De acordo com o relatório de Segurança de Barragens da Agência Nacional de Águas (ANA) de 2017, apenas quatro funcionários do Instituto de Águas do Paraná trabalham na fiscalização de 461 barragens no estado.
O relatório aponta que todas as pessoas que atuam nesta questão, além de possuírem outras tarefas, estão quase se aposentando ou não fazem parte do quadro funcional, sendo servidores de outros órgãos e estando temporariamente à disposição do AGUASPARANÁ. Além disso, nos últimos anos, o Paraná buscou apenas medidas paliativas para tratar do assunto.
Do total de 461 barragens do Paraná, 346 não foram classificadas e das 105 restantes, 63 são de baixo risco, 30 de médio e 22 de alto risco. A maior parte, 74%, é de barragens para irrigação, abastecimento de água e geração de energia.
O secretário de Meio Ambiente nomeado pelo governador Ratinho Junior é o deputado Márcio Nunes (PSD) e terá como desafio estruturar esse setor de fiscalização das barragens.
O relatório completo pode ser visualizado no site da Agência Nacional de Águas (ANA):
http://www.snisb.gov.br/portal/snisb/relatorio-anual-de-seguranca-de-barragem/2017
http://www.snisb.gov.br/portal/snisb/relatorio-anual-de-seguranca-de-barragem/2017/rsb-2017-versao-enviada-ao-cnrh.pdf