Elizabeth diz que Prefeitura de PG vai dar suporte fincanceiro para VCG pela suspensão do transporte durante pandemia


Durante audiência remota realizada pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), nesta quarta-feira (12), a Prefeitura de Ponta Grossa se comprometeu em enviar recursos para a Viação Campos Gerais (VCG), como pagamento para a empresa pelos 18 dias em que o transporte ficou suspenso pelo Decreto Municipal em combate ao coronavírus.
Participaram da audiência representantes da VCG, o presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, da Prefeitura de Ponta Grossa, com a participação da prefeita Elizabeth Schmidt (PSD).
A prefeita destacou que os recursos estão sendo discutidos em uma ação judicial em que a VCG entrou contra a Prefeitura de Ponta Grossa pelos dias parados por conta do decreto municipal que suspendeu o transporte.
“Estes valores estão sendo discutidos no processo civil, nós já temos o cálculo desses dezoito dias que o transporte ficou parado. E o depósito será feito em juízo. Quando paramos o transporte foi em defesa da vida e os números de caso de coronavírus diminuíram bastante. Mas nós sabíamos que seriamos responsáveis por esses dias parados”, disse a prefeita, durante a audiência do TRT.
Durante a audiência, realizada de forma remota pelo Tribunal Regional do Trabalho e mediada pelo vice-presidente, desembargador Célio Horst Waldraff, o departamento jurídico da entidade reforçou a petição protocolada na Justiça do Trabalho de Ponta Grossa, no dia 03 de maio, solicitando que a 3ª Vara determinasse a transferência dos valores bloqueados da VCG aos trabalhadores.
O deferimento do judiciário era aguardado até o momento, mas foi confirmado pela juiza Christiane Bimbatti, que, fez uma breve participação no meio da sessão.
A greve deflagrada pelo Sintropas, com paralisação de 100% da frota, também foi defendida na ocasião. Segundo o presidente, Luizão Oliveira, a falta de pagamento de salário dos colaboradores pelo segundo mês consecutivo se tornou inviável, colocando os funcionários em extrema vulnerabilidade social. “Sem salário, não há trabalho. A Justiça do Trabalho não confabula com esta decisão. Os representantes fazem muito bem em não trabalhar”, apoiou o desembargador.
Ao final da audiência, a VCG se comprometeu a pagar o salário de março, com a liberação dos valores bloqueados pelo judiciário, até amanhã, o que acarreta no retorno de 50% da frota nesta quinta-feira (13). A Prefeitura Municipal informou que dará aporte financeiro referente ao período de 18 dias de suspensão do transporte coletivo, durante o lockdown. O montante, não divulgado, deverá ser utilizado para contribuir com o pagamento do restante dos salários atrasados.
Após abril ser quitado, a frota retornará com 100% às ruas, segundo o Sintropas.