Prefeita de Ponta Grossa e ex-prefeito não comparecem à CPI da Saúde


A prefeita de Ponta Grossa, Elizabeth Schmidth (PSD) e o ex-prefeito Marcelo Rangel (PSD) não compareceram às oitivas da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Saúde da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa. Os depoimentos estavam marcados para a manhã desta terça-feira (9). Os depoimentos serão remarcados para o dia 19 de agosto.
A prefeita não encaminhou nenhum ofício justificando a sua ausência. Mas como ela está em férias, a CPI fará uma nova convocação. Apenas depois do horário previsto para o depoimento, foi enviado um ofício dizendo que a prefeita está em viagem fora do país. O ofício chegou somente no período da tarde desta terça-feira (9).
O ex-prefeito e pré-candidato à Assembleia Legislativa do Paraná, Marcelo Rangel, enviou ofício solicitando documentos da CPI que justifiquem a sua convocação.
“O ex-prefeito nos solicitou todo o teor e explicação do motivo da sua convocação. Vamos encaminhar e na sequência marcar a nova data do depoimento do ex-prefeito”, disse o presidente da CPI da Saúde, Celso Cieslak.
No caso da prefeita Elizabeth, Celso informou que não foi encaminhado nenhum documento sobre a ausência, mas disse que a CPI fará nova convocação à prefeita.
O vereador e pré-candidato à Assembleia Legislativa do Paraná, Geraldo Stocco (PV) criticou o ex-prefeito de Ponta Grossa por pedir documentos e também lamentou a postura da prefeita Elizabeth.
“O Rangel foi o único que pediu documentos, os outros todos vieram de boa vontade. A justificação para a convocação dele é o fato de que ele foi prefeito de Ponta Grossa por oito anos e tem muito para explicar. A prefeita não mandou justificativa alguma para não vir, mas vamos marcar outra data”, disse Stocco.
A vereadora Joce Canto (PSC) afirmou que o depoimento à CPI é necessário para que a prefeita de Ponta Grossa possa esclarecer o caos da saúde. “ É importante a presença da prefeita Elizabeth para que ela possa esclarecer muitas situações difíceis da saúde em Ponta Grossa”, declarou.
A saúde de Ponta Grossa vive um caos. A população de Ponta Grossa enfrenta diariamente a falta de médicos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), falta de atendimento na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Santa Paula e no Pronto Atendimento Santana. Demora na transferências para leitos de hospitais, situação que agravou com o fechamento do Hospital Amadeu Puppi (Pronto Socorro). Fila extensa por consultas com médicos especialistas e cirurgias eletivas.
Nesta terça-feira (9), compareceu às oitivas da CPI apenas o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais (SindServ), Luis Eduardo Pleis, que detalhou as dificuldades enfrentadas pelos servidores da Saúde, situação que afeta o atendimento da população de Ponta Grossa.
“Infelizmente cai para o servidor administrativo da saúde o papel de dizer que não tem consulta quando alguém procura atendimento. É o servidor que tem que responder no balcão, que não tem médico, que não tem consulta, que não tem exame, que a fila de espera é de mais três anos. Mas isso não é culpa dos servidores. Sem médico é impossível atender a população”, disse.
Luis Eduardo também falou sobre a sobrecarga de trabalho de muitos servidores da saúde e da necessidade de contratação de um número maior de profissionais, além da contratação emergencial, que é dos médicos.
Depoimentos podem ser acompanhados pelo Facebook da Câmara de Ponta Grossa
https://www.facebook.com/cmpgoficial/videos/5551069248248753