Licitação dos pedágios no PR será em 2023: atualização deixa tarifas mais caras

Com a atualização de estudos e cálculos, as tarifas de pedágio do Paraná devem ficar mais caras na nova licitação, que vai ocorrer apenas em 2023.

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) atualizou o cronograma novamente. Este foi o terceiro pedido de revisão no modelo de pedágios feito pela ANTT.

O atual governo do Paraná prometeu para a nova licitação que “as tarifas vão diminuir em 50%”. Mas com as atualizações, fica cada vez mais difícil que isso de fato aconteça.

Além das revisões, o novo modelo prevê a criação de mais 15 praças de pedágio, o que também vai encarecer o custo. Com novas praças, o estado chegará a 42 no total.

A previsão é que contratos dos lotes 1 e 2 sejam assinados no primeiro trimestre de 2023. Enquanto os demais quatro lotes, que ainda estão com documentação pendente, sejam formalizados no segundo trimestre do ano de 2023.

Atualmente, o projeto que trata das novas concessões está no Tribunal de Contas da União (TCU). O auditor Cláudio Gomes de Moraes pediu informações, documentos sobre os projetos e um estudo envolvendo a nova concessão das rodovias do Paraná e o plano diretor dos municípios que serão afetados pelo novo modelo.

Apenas nos lotes 1 e 2, já existe uma estimativa de aumento de tarifa em 23%. Mas os seis lotes vão passar por atualização.

Conforme estudo apresentado pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) ao Tribunal de Contas da União (TCU), as tarifas de pedágio podem aumentar em 23.3%, antes da realização do novo leilão, que deve ocorrer somente depois do período eleitoral.

O lote dois abrange as praças de pedágio de Jacarezinho, Sengés, Jaguariaíva, Carambeí, São José dos Pinhais (Curitiba-Litoral) e serão criadas mais duas praças neste lote, Jacarezinho II e Quatiguá.

O aumento é referente ao lote 2, mas outros quatro lotes terão aumento também nas tarifas, mas os cálculos ainda não estão disponíveis.

“A versão atualizada do Modelo Econômico Financeiro (MEF) trouxe como resultado uma tarifa quilométrica simples máxima de referência de R$ 0,11791, aumento de 23,3%, representando um aumento real de 14,20% (IPCA variou 7,97% no período de janeiro a outubro/2021)”, aponta o documento.

Segundo ANTT, ocorreu aumento de 27% no rol de investimentos a serem feitos pelas futuras concessionárias, passando de R$ 5,6 bilhões para R$ 6,4 bilhões.