Professora Angela (PSOL) defende Paraná sem pedágios e diz que o Estado tem que investir


Em entrevista à Rádio Clube e ao Blog da Mareli Martins, nesta terça-feira (6), a candidata ao governo do Paraná pelo PSOL, Professora Angela Machado, defendeu que o Paraná nunca mais tenha pedágio.
Conforme a candidata, o Estado deve fazer a manutenção das rodovias e fazer investimentos, deixando de dar isenção fiscal para grandes empresários e com criação de taxas para o agronegócio. (Ouça a entrevista no final do texto)
Segundo a candidata, não é necessário cobrar tarifas de pedágio, quando a população já paga altas taxas de impostos.
“Nossa proposta é que não tenha pedágio, nem público, nem privado, nem baratinho, pois a população já paga tributos demais no estado, então não precisa de pedágio, como era antes”, disse a candidata Professora Angela.
De acordo com a candidata, quem deve fazer a manutenção das rodovias é o Governo do Estado. “O estado faz a manutenção e não precisa cobrar da população. E vamos lutar também para que o governo federal não cobre pedágio nas rodovias que passam pelo Paraná”, disse.
Questionada sobre como ficariam os investimentos em obras dentro desse sistema sem pedágio, a candidata disse que o Estado deve investir e que pode pedir contribuições para o agronegócio.
“O estado tem que arcar com tudo isso, o Ratinho tem dito que o Paraná tem arrecado bastante, então tem recurso para investir. Pensamos também que as grandes transportadoras, como agronegócio, eles poderiam ser taxados e colaborar nisso”, afirmou.
OUÇA O TRECHO DA ENTREVISTA SOBRE OS PEDÁGIOS
Posição contrária do PSOL a tudo
A candidata Professora Angela respondeu perguntas sobre o “discurso contrário a tudo”, sempre apresentado pelo PSOL. São contra os governos federal, estadual e municipal, grandes empresários, agronegócio. Nesse sentido, a candidata foi questionada a respeito de como seria um governo do PSOL.
“Somos a favor da classe trabalhadora, dos mais pobres, das negritudes, juventude, das LGBTQIA+. Mas somo contra o agronegócio, contra os grandes empresários, contra isenções fiscais pra esses barões do agronegócio e grandes empresários. Nosso governo não será para o 1% que sempre é privilegiado e sim para os 99% que nunca são favorecidos”, destacou.
Candidata do PSOL critica orçamento secreto e defende fundo eleitoral
A candidata Professora Angela (PSOL) fez crítica ao chamado Orçamento Secreto e defendeu o uso do fundão eleitoral.
“Nossos parlamentares trabalham sem receber nem perto desses parlamentares que votam com o governo e recebem o orçamento secreto, são amigos do PP, do Centrão, tem vantagens para se reeleger”, disse.
A candidata defendeu o uso do fundão eleitoral para viabilizar candidaturas de pessoas da classe trabalhadora.
“Vou usar o fundo eleitoral e defendo o fundo eleitoral, só criticamos o valor que era de seis bilhões. Defendemos o fundo eleitoral porque é a única forma que pessoas como nós, professores e pessoas da classe trabalhadora podem participar da política. Não somos milionários e por isso precisamos do fundo eleitoral”, defendeu.
Racha no PSOL em Ponta Grossa e no Estado
A opção pela candidatura própria não foi unanime no PSO, teve divergência entre essa possibilidade e o apoio ao candidato do PT, Roberto Requião.
“Era um grupo minoritário que queria o Requião, nos entendemos como necessária a candidatura própria no Paraná. E havia uma pressão para nossa união em torno da candidatura do Lula para derrotar o Bolsonaro e o Psol está com o Lula na esfera nacional, mas no Paraná nos entendemos que foi necessária a candidatura própria”.
Especificamente em Ponta Grossa, o mandato coletivo do PSOL na Câmara dos Vereadores, apoia para o governo o candidato Roberto Requião (PT). Mas outros grupos da cidade estão com a Professora Angela.
Angela disse que a decisão estadual foi de apoio à sua candidatura e que em Ponta Grossa estaria desviando do que foi decidido, mas destacou que essas divergências serão discutidas depois das eleições.
“O Psol é um partido de correntes, aqui em Ponta Grossa tem uma corrente com o Requião, mas não deveriam, pois o que foi definido era o apoio da minha candidatura. Vamos fazer um balanço de tudo isso depois das eleições. Mas realmente Ponta Grossa faz um desvio de curva, com participação de um grupo mais crítico da nossa candidatura, no estado estamos mais unidos”, disse.
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