Governo do Paraná vai terceirizar gestão de 27 escolas


O Governo do Paraná abriu um edital contratar empresas para a gestão educacional de 27 escolas estaduais a partir de 2023. Três escolas de Ponta Grossa estão na lista, General Osório, que fica em Uvaranas, Francisco Pires Machado, localizado no Cará-Cará e Nossa Senhora da Glória, Rio Verde.
Conforme edital, a empresa escolhida vai cuidar do gerenciamento da área financeira, da distribuição de merenda, da manutenção da infraestrutura e supervisão na gestão pedagógica.
As escolas foram escolhidas por conta do baixo aproveitamento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), segundo a Secretaria Estadual de Educação (Seed).
Municípios com escolas que terão gestão terceirizada
- Londrina: 4 escolas
- Ponta Grossa: 3 escolas
- Almirante Tamandaré: 2 escolas
- Curitiba: 9 escolas
- Fazenda Rio Grande: 2 escolas
- Colombo: 3 escolas
- Pinhais: 1 escola
- São José dos Pinhais: 3 escolas
APP Sindicato diz que Ratinho Jr vai acabar com a escola pública
Veja a nota da APP
O Rato está faminto. O governo do Paraná está credenciando, por meio de edital, grupos empresariais da educação dispostos a assumir a gestão de 27 escolas da rede estadual. Trata-se da terceirização completa para a iniciativa privada. Um projeto-piloto para o que está por vir: o fim da escola pública.
Nós avisamos. As urnas eletrônicas mal esfriaram e Ratinho Jr já confirmou as previsões da APP durante o processo eleitoral: pé na porta da escola pública, assalto por grandes empresas ao dinheiro do Estado, fim da gestão democrática e ampla terceirização do serviço público e seus trabalhadores.
O governo justifica o projeto pela incapacidade de gerir as 2,1 mil escolas estaduais e credenciará grupos dispostos a fazer o trabalho. Um negócio extremamente lucrativo, que sugará recursos da escola pública para o bolso de empresários. Não haverá processo licitatório e os requisitos do edital sugerem um jogo de cartas marcadas para beneficiar um grupo seleto que cumpre os critérios.
Professores PSS serão terceirizados , assim como a gestão administrativa, financeira e pedagógica das unidades escolares. Decisões não passarão mais pelas instâncias participativas, excluindo a comunidade escolar. Metas de frequência e desempenho significarão aumento dos repasses previstos pelo Estado.
De antemão, alunos não poderão ser reprovados(as) por dois anos consecutivos, estimulando fraudes pedagógicas para assegurar lucros crescentes. Será o caos.
O Sindicato urge a categoria a preparar-se para a luta. O prazo para deter a execução do edital é curto, com previsão de consulta às comunidades escolares envolvidas para o dia 29 de novembro. A APP estuda as medidas cabíveis na Justiça e detalhará, nos próximos dias, o significado e os prejuízos irreversíveis trazidos pela privatização, além de construir um calendário de mobilizações.
Está para ser travada uma batalha de vida ou morte para a educação pública e o futuro do Paraná.