Câmara e Senado elegem presidentes nesta quarta (1º)


Deputados federais e senadores tomam posse nesta quarta-feira (1º) e vão decidir o comando do Congresso Nacional pelos próximos dois anos.
Na Câmara, Arthur Lira (PP-AL) deve ser reeleito com facilidade, já que conta com apoio de um arco de partidos que vai da oposição à situação. Por enquanto, apenas Chico Alencar (PSOL-RJ) se colocou como concorrente, em uma candidatura cujo objetivo é apenas o de marcar posição política.
Mesmo sem o orçamento secreto, declarado inconstitucional pelo Supremo, Lira garantiu uma cota extra de passagens aéreas aos deputados, aumentou auxílio-moradia, que passa de 8 mil reais, e a cota para pagamento de combustível, que ultrapassa os 9 mil reais.
Com os aliados de Lula eleitos em outubro reunindo menos da metade das cadeiras da Câmara, Lira impôs uma aliança, já que o presidente da Câmara tem o poder de dar andamento à pauta da Casa, o que poderia atrapalhar as propostas do novo governo Lula.
Para conseguir ser eleito presidente da Câmara, Arthur Lira precisa da maioria absoluta da Casa, ou seja, 257 votos. Se em uma primeira votação esse total não for atingido, os dois mais votados disputam um segundo turno.
No Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) também é favorito, mas enfrentará uma candidatura mais competitiva, a do ex-ministro Rogério Marinho (PL-RN), última esperança do bolsonarismo de manter um naco relevante do poder em Brasília após a derrota para Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
No Senado, são necessários 41 votos. A votação é secreta, o que pode estimular traições de aliados, mas a indicação é que Lira e Pacheco sejam reeleitos.
A cada dois anos, Câmara e Senado realizam eleições para trocar as respectivas Mesas Diretoras. São 11 cargos em disputa em cada Casa: presidente, dois vice-presidentes, quatro secretários e quatro suplentes de secretários. As votações são secretas.
(Com informações: Agência Brasil, Congresso em Foco, Câmara Federal, Senado)