Requião critica união entre PT e PSDB no Paraná: “canalhice explícita”


O ex-senador Roberto Requião (PT-PR) criticou a possível união entre o PT e o PSDB no Paraná para as eleições municipais de 2024. “Isso é uma vergonha. Uma canalhice explícita”, disse Requião em suas redes sociais.
Pelo Twitter, Roberto Requião ironizou a situação. “PSDB fala em unidade com PT para mudar a Prefeitura de Curitiba e governos. Faltaram os Gulins ,os donos do ICI, os privatistas da iluminação pública e os especuladores imobiliários para ser perfeita.”, declarou.
A declaração ocorreu após a divulgação de um encontro que aconteceu nesta segunda-feira (20), em Curitiba, para tratar do chamado grupo de “coalização” que une PT, PSDB, PCdoB, PDT, PSB, PSOL, PV, Solidariedade e Rede.
O presidente estadual do PT, Arilson Chiorato, destacou a importância da união de forças entre os partidos para que o Paraná tenha um modelo justo de pedágio e contra a privatização da Copel. Mas o deputado também falou sobre a possiblidade de aliança entre os partidos para as eleições de 2024, incluindo a união entre PT e PSDB.
“Tivemos um consenso em pautas, contra o pedágio do Ratinho Junior, contra a privatização da Copel, queremos melhorias para o Porto de Paranaguá e estamos discutindo um cenário para que possamos estar juntos nas eleições de 2024”, disse.
O presidente do PSDB no estado, Beto Richa, não compareceu ao encontro. Richa é ex-governador e atualmente deputado. Os tucanos foram representados pelo ex-deputado Michele Caputo.
Richa foi questionado pelo Blog da Mareli Martins sobre a possibilidade de união entre PSDB e PT, mas ainda não respondeu.
Beto Richa e Roberto Requião já protagonizaram, ao longo dos anos, muitas brigas de forma pública, incluindo trocas de acusações.
Deputado Requião Filho fez críticas durante pronunciamento na Alep

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), Requião Filho (PT), afirmou que “o PT não pode abrir mão de uma candidatura própria à Prefeitura de Curitiba” e disse que qualquer união deve levar em contas as pautas defendidas e não a troca de apoios.
“Qualquer aliança tem que ser feita com quem defende as mesmas bandeiras, e não em troca de apoios ou negócios”, afirmou o deputado.
Requião Filho disse que não pretende disputar a prefeitura de Curitiba no ano que vem, mas falou sobre outros nomes do PT para a disputa.
“Não é de minha vontade disputar a prefeitura de Curitiba. Os meus planos são discutir o Paraná e o Brasil e montando um grande grupo para devolver o Paraná aos paranaenses em 2026. Mas PT estadual tem nomes outros nomes, como Tadeu Veneri, a Carol Dartora e o Renato Freitas. O partido deve existir e se colocar como instituição, trazendo nomes e novas lideranças. Se não for possível, ou se for o melhor caminho uma composição, que seja feita com pessoas que defendem as mesmas bandeiras, ideias”, declarou.