Trabalhadores da VCG vão votar contribuição sindical e terão desconto no salário se proposta for aprovada


O presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, convocou os funcionários da Viação Campos Gerais (VCG) para a Assembleia-Geral Extraordinária, no dia 10 de outubro, das 8h30 às 18h, nos terminais de ônibus. O comunicado do Sintropas ocorreu nesta quinta-feira (5).
Entre as principais reivindicações do Sintropas está a contribuição sindical, chamada agora de ‘negocial’. Nesse modelo, a contribuição precisa ser aprovada pela assembleia de trabalhadores. Em caso de aprovação, a VCG terá que descontar o valor do salário dos trabalhadores beneficiados pela negociação coletiva ,mesmo que não sejam filiados ao sindicato e repassar para o sindicato.
A pauta sobre a contribuição sindical (‘negocial’) foi colocada pelo Sintropas junto com outras demandas dos trabalhadores e, dessa forma, tem mais chances e aprovação.
Além dessa pauta, o Sintropas vai colocar em votação também “a proposta da empresa de renovação das cláusulas sociais e reajustes das cláusulas econômicas pelo período de dois anos”.
O presidente do Sintropas, Luiz Carlos de Oliveira, em seu comunicado aos trabalhadores e a imprensa, não descartou greve se as propostas não forem aceitas.
“Havendo negativa de aprovação da proposta delibera-se sobre a autorização para que o Sindicato possa deflagrar greve da categoria”, diz o Sintropas.
Veja o comunicado do Sintropas

Ministro do Trabalho de Lula defende contribuição negocial e nega retorno do imposto sindical obrigatório

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou nesta quarta-feira (4), que não há qualquer proposta em debate para retomada do imposto sindical. A declaração foi dada durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados.
Marinho foi convocado a prestar esclarecimentos após rumores de que o governo federal estaria analisando a implantação de um novo imposto sindical. E, também, para explicar declaração em que relacionou a terceirização e o trabalho escravo
Em agosto deste ano, Luiz Marinho disse ser favorável à criação de uma contribuição sindical não obrigatória — chamada por ele de “contribuição negocial”.
Marinho afirmou que a cobrança funcionaria de forma diferente do imposto sindical. Segundo o ministro, para ser efetivada, a cobrança precisaria ser aprovada pela assembleia de trabalhadores.
Com a reforma trabalhista de 2017, o imposto sindical deixou de ser obrigatório e passou a ser opcional. Entidades sindicais afirmam que sofreram perdas de receitas e defendem uma alternativa para o fim da obrigatoriedade.