Secretários vão indicar os cargos que devem ser cortados do “cabidão”

A notícia de que 20% dos cargos comissionados serão cortados está movimentando o “Palácio da Ronda”. Com um limite prudencial de 52,6%, o prefeito Marcelo Rangel terá mesmo que exonerar parte dos cargos em comissão. Mas o problema é que isso, na prática, não é de fácil aplicação.
Vale lembrar que muitos dos nomeados são “apadrinhados” de vereadores, deputados e políticos influentes. A exoneração de cargos pode significar perda de votos para a reeleição do prefeito Marcelo Rangel (PPS).
Para começar os cortes, o prefeito definiu que cada secretário deverá indicar um nome para exoneração. Com isso, aproximadamente 25 comissionados serão exonerados. A notícia de que os secretários farão as indicações não agradou muita gente, especialmente os comissionados que estão no cargo por “apadrinhamento” e não possuem vínculo algum com os secretários.
Nos próximos dias será uma “choradeira” para todos os lados. Vai ser um “tal de João pedindo por Tereza, que vai pedir por Raimundo, que tentará proteger Lili, que vai interceder por J.Pinto Fernandes, que depois pedirá ajuda para Fulano e Sicrano”. E como na política a injustiça impera, provavelmente, serão exoneradas pessoas que realmente trabalham e vão ficar os que apenas “mamam na teta do governo”, mas são protegidos de políticos.
Dos 323 cargos em comissão, 291 estão ocupados. Com uma média salarial de R$ 4,4 mil, os pendurados do “cabidão”, custam aproximadamente R$ 1,3 milhão por mês aos cofres da prefeitura, que significa dizer ao bolso da população.