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Manifestantes percorrem principal avenida de PG contra as reformas de Temer

Manifestantes percorrem principal avenida de PG contra as reformas de Temer
  • Publishedabril 29, 2017
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Segundo a Frente dos Movimentos Sociais aproximadamente 2 mil pessoas participaram do protesto contra as reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. (Foto: Matheus Pileggi)

Manifestantes se concentraram na Praça Barão de Guaraúna (Praça dos Polacos), em Ponta Grossa, nesta sexta-feira (28), em protesto às reformas da Previdência, trabalhista e a terceirização. Depois disso, eles percorrera a Avenida Vicente Machado até o Parque Ambiental. Segundo a Frente dos Movimentos Sociais aproximadamente 2 mil pessoas participaram das mobilizações. A Polícia Militar não divulgou o número de pessoas que participantes.

Participaram dos protestos policiais civis, funcionários dos correios, professores e demais servidores da Universidade Estadual de Ponta Grossa, professores das escolas estaduais, metalúrgicos, funcionários do transporte coletivo (paralisações ao longo do dia) e comerciários e servidores municipais.

Como forma de protesto, cinco agências bancárias começaram a atendimeto ao público com uma hora de atraso

Segundo a Polícia Federal sete trechos de rodovias do estado foram bloqueadas ao longo do dia.

Confusão no Terminal Central

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Manifestantes que bloqueavam a entrada e a saída do Terminal Central de Transporte Coletivo de Ponta Grossa foram retirados pela Polícia Militar. (foto: João Guilherme Castro)

Um grupo de estudantes universitários decidiram bloquear os locais de entrada e saída dos ônibus no Terminal Central e a negociação com a Polícia Militar não acabou bem. Policiais tiveram que retirar à força os manifestantes do local. Três manifestantes foram encaminhados para a 13ª Subdivisão Policial de Ponta Grossa.

O capitão Marcelo Moreira Só disse que a “PM tentou negociar com os manifestantes para que o local fosse liberado”. Mas como isso não aconteceu por meio do diálogo foi “necessária a retirada técnica dos manifestantes que insistiam em bloquear o local”. A PM também disse que “respeitamos qualquer direito de protesto, desde que respeitando a ordem”.

O que dizem os manifestantes

Os estudantes que fazem parte do projeto ‘Lente Quente’, do Curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), se manifestaram por meio de uma nota oficial.
Veja:

“A equipe do projeto e os professores coordenadores repudiam veemente a agressão sofrida por seus membros quando do exercício da atividade jornalística por parte de policiais militares, bem como toda e qualquer forma de impedimento ao livre trabalho jornalístico e seu aprendizado, o que implica o acesso às situações em que os movimentos sociais se fazem presentes no espaço público das cidades. Estudantes e professores do projeto de extensão Lente Quente, do curso de Jornalismo da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), foram agredidos na tarde desta sexta-feira (28) durante ação da Polícia Militar e do Batalhão de Choque em frente ao Terminal Central de Ponta Grossa (PR), que resultou em três pessoas presas.

Um dos repórteres fotográficos do projeto foi preso de forma violenta e desproporcional enquanto realizava cobertura jornalística da mobilização que bloqueava entrada de ônibus no Terminal, por volta das 14h. O estudante foi liberado logo em seguida, no Parque Ambiental, após protestos de colegas de curso e manifestantes. Uma das fotógrafas foi derrubada por um policial e teve o equipamento danificado.

O projeto de extensão Lente Quente participa da cobertura jornalística das mobilizações em Ponta Grossa do Dia Nacional de Greve Geral. Pela manhã, a equipe realizou cobertura fotográfica da aglomeração na Praça dos Polacos e transmissão ao vivo da passeata pelo centro da cidade em parceria com a TV Comunitária e com o jornal Brasil de Fato.

Há dois anos, o projeto realizava o registro em imagens do evento que ficou conhecido como Massacre 29 de abril, quando a polícia atacou professores, servidores e estudantes que protestavam no Centro Cívico, em Curitiba, contra o confisco da previdência. Este e outros episódios só reforçam a importância de projetos de extensão como o Lente Quente, como forma de coibir a violência de qualquer natureza, especialmente a praticada pelo Estado através da Polícia Militar.”

Vídeo do ‘Lente Quente’ mostra a confusão no Terminal Central:

Fotos podem ser visualizadas na página do Lente Quente no facebook:  https://www.facebook.com/lentequente/

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