No Debate T, Aliel defende saída de Temer e eleições diretas


Em participação no Debate T no último sábado, o deputado federal Aliel Machado (Rede Sustentabilidade), afirmou que Michel Temer (PMDB) nunca teve condições de governar o Brasil e que diante dos escândalos de corrupção envolvendo o presidente, ele deveria renunciar.
Aliel declarou que caso isso não aconteça o correto seriam eleições diretas, ou seja, a população escolheria o novo presidente. Mas para isso seria necessário mudar alguns pontos da Constituição. Questionado se o ex-presidente Lula (PT), deve ser preso, Aliel Machado afirmou que se forem comprovados os crimes que ele é acusado, Lula deve ser preso como todos os outros.
De acordo com o Artigo 81, como faltam menos de dois anos para o fim do mandato de Michel Temer – que se encerraria em dezembro de 2018 –, as eleições seriam indiretas, ou seja os 513 deputados e os 81 senadores é que vão escolher o próximo presidente, neste caso.
Mas o deputado Aliel Machado disse que é possível fazer alterações para que as eleições diretas aconteçam. “Existe uma PEC tramitando na Comissão de Constituição e Justiça da Câmara e que deverá ser votada na próxima terça. Essa PEC é do deputado Miro Teixeira, da Rede. Se ela for aprovada na Câmara e no Senado vai se tornar lei e, com isso, vamos reduzir esse tempo e poderemos ter eleição direta. Mas eu também acredito que o caminho mais correto é que o Temer deveria renunciar”.
Aliel Machado ressaltou que sempre defendeu a cassação da chapa Dilma-Temer, processo que começará a ser julgado no dia 06 de junho, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Aliel também afirmou que além da corrupção o modelo de governo de Temer é prejudicial ao Brasil. “Eu sempre disse que Temer não poderia assumir o país e não apenas agora. Ele nunca deveria ter assumido. Ele é investigado por corrupção e outros crimes como prevaricação, mas por trás de tudo isso existe um modelo de governo que preocupa. As reformas propostas por Temer defendendo interesses claros do capital e prejudicando os mais pobres. Eu disse tudo isso lá atrás”, afirmou.
Para Aliel, a insistência de Temer em ficar no cargo é um grande prejuízo ao país. “Isso gera uma instabilidade política muito grande. O Temer não quer deixar o cargo para não ser preso e quem paga é o país. E isso aconteceu com a Dilma também. Existem duas possibilidades de abertura de impeachment contra o Temer, pelo presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia e caso ele não faça é possível recorrer a essa decisão. Mas eu acredito que o Temer deveria renunciar”, declarou.
Aliel fez parte da campanha de apoio à Dilma, Lula, da senadora Gleisi Hoffmann, todos do PT e que são investigados na Operação Lava Jato. Aliel Machado também falou sobre a possibilidade de prisão do ex-presidente Lula (PT). “O Lula deve ser julgado e se condenado deve ser preso como qualquer brasileiro”, disse.
Deputado afirma que a Doação de R$ 100 mil da JBS não foi ilegal
O fato do deputado Aliel Machado ter recebido doação de campanha da empresa JBS (Friboi) não é nenhuma novidade. É uma assunto velho, que já foi explorada pelas mídias em Ponta Grossa em anos anteriores. Mas por conta das delações recentes dos empresários da JBS, o assunto entrou em evidência novamente.
Segundo Aliel Machado, a doação foi feita em 2014, quando ele ainda era filiado ao PCdoB. O deputado disse que tudo foi registrado na sua prestação de contas e que não houve ilegalidade. “A JBS fez uma doação ao PCdoB que era o meu antigo partido. E o PCdoB me fez uma doação legal, registrada na prestação de contas da JBS. Está registrado que o PCdoB teve como empresa doadora legal de campanha a JBS. Da mesma foram que o deputado Sandro Alex recebeu da Andrade Gutierrez “, disse.