Em entrevista à Rádio T, Richa diz que foi “vítima de trama política” e que “tico-tico não é propina”


Em entrevista à Rede T de Rádios e ao Blog da Mareli Martins nesta sexta-feira (21), o ex-governador do Paraná e candidato ao Senado, Beto Richa (PSDB), disse que “é vítima de uma trama política”. Richa também afirmou que “tentaram destruir sua candidatura ao Senado.” (Ouça a íntegra da entrevista ao final do texto)
Na terça-feira (11), Richa foi preso pelo Gaeco, na Operação Patrulha, que apura o desvio de R$ 70 milhões da operação Patrulha do Campo. O Ministério Público apura se o ex-governador é o chefe do esquema de corrupção. Além de Richa foram presos o seu irmão Pepe Richa, ex-secretário de Infraestrutura do Estado e Fernanda Richa, esposa do ex-governador. Além de outros familiares, amigos, empresários e assessores.
Na sexta-feira (14) foi decretada a prisão preventiva de Richa, ou seja, por tempo indeterminado. Mas graças a uma ajuda do ministro Gilmar Mendes, do STF, Richa e os demais presos foram liberados.
Questionado sobre o áudio que vazou de uma conversa entre e ele o delator Tony Garcia, em que eles falam sobre um pagamento a um empresário, Richa disse que não se trata de propina.
“Tico-tico não é propina. Eu peço que você leia os autos. É um relato de uma fala de empresário que diz que recebeu uma pequena quantia, dito por ele tico-tico, de pagamentos atrasados pelo programa Patrulha do Campo. Estão disseminando que é propina, mas não é”, afirmou.
Sobre sua relação com o delator e empresário Tony Garcia, Richa declarou que ele não era seu amigo. “Tony não é meu amigo de infância, eu o conheci fora do ambiente político, na prática do esporte, no automobilismo especificamente e as acusações não tem credibilidade. A relação que eu tinha com ele era fora da política. Tinha convívio, mas não era meu amigo. Era fora da política, mas quem conhece ele sabe que ele tenta se envolver em tudo, mas eu nunca permiti”.
Richa tem dito que “estão tentando destruir sua candidatura”, mas questionado preferiu não falar os nomes. “Se deixassem a digital no crime seria fácil. Não há dúvidas que tem trama política no meio disso tudo. Temos fortes desconfianças, mas eu não posso ser leviano em dizer aqui quem são, assim como eles fazem”, disse.
Ouça a entrevista completa: