Deputados querem barrar novo reajuste nas tarifas de pedágio


Em entrevista à Rádio T e ao Blog da Mareli Martins nesta quarta-feira (28), o deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSB) disse que pretende barrar o novo reajuste nas tarifas de pedágio, previsto para o dia 1º de dezembro. Romanelli destacou que conta com o apoio da maioria dos deputados e espera a compreensão da governadora Cida Borghetti (PP). O requerimento será votado nesta quarta-feira (28), na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
“Aprovamos na Assembleia Legislativa um requerimento pedindo que a governadora Cida Borghetti determine que o DER (Departamento de Estradas de Rodagem) não conceda reajuste nas tarifas de pedágio. Já está mais do que comprovado de que existem muitas irregularidades e que tudo foi feito de má fé. Quando falamos em pedágio tudo está superfaturado e ainda pioraram as condições das tarifas, que estão cada vez mais altas”, declarou o deputado Romanelli.
Romanelli conta como começou a corrupção no pedágio
Durante a entrevista à Rádio T e ao Blog da Mareli Martins, Romanelli disse que esse esquema corrupto de pedágio poderia ter sido evitado, se o ex-governador do Paraná, Jaime Lerner, não tivesse aceitado a corrupção imposta por empresários de pedágio.
“Todo esse esquema com as concessionárias começou quando o grande empreiteiro do Paraná, Cecílio do Rego Almeida, dono da CR Almeida, disse que se ele não ficasse com a Ecovia, concessionária de pedágio que vai para o litoral, ele iria melar tudo. E dessa forma, se a vontade de Cecílio de Almeida não fosse atendida, não aconteceria licitação nenhuma. Não aconteceria nada, contrato algum. O fato é que o acordo foi aceito e a coisa andou e virou no que está aí”, afirmou Romanelli.
Conforme Romanelli, depois disso, a máfia do pedágio foi ficando cada vez mais forte no Paraná. “Foram umas vinte e seis empreiteiras disputando a licitação, mas ficaram seis empresas, por que eles fizeram acertos e cada um ganhou um pedacinho. E não bastasse tudo isso, o governo ainda fez o primeiro aditivo que permitiu que as concessionárias não fossem mais obrigadas a entregar as obras”.