“Fiscalização do número de passageiros não é função dos motoristas e cobradores”, diz Sintropas-PG

Segundo o Sintropas-PG, os motoristas e cobradores foram contratados para dirigir e cobrar a tarifa e não poderão, em hipótese alguma, exercer qualquer tipo de fiscalização da lotação do veículo. (foto: Bruno Domingues do Prado – Ônibus Brasil)
O Sindicato dos Motoristas, Cobradores e Trabalhadores em Empresas de Transportes Coletivos (Sintropas-PG) encaminhou um ofício com questionamentos sobre a determinação do prefeito Marcelo Rangel (PSDB), em relação às regras de funcionamento do transporte coletivo da cidade.
O ofício foi encaminhado para a Prefeitura de Ponta Grossa e a Viação Campos Gerais (VCG), empresa que possui a concessão do serviço. As regras estabelecidas pelo prefeito visam evitar aglomerações durante a pandemia de coronavírus.
Segundo o Sintropas-PG, os motoristas e cobradores foram contratados para dirigir e cobrar a tarifa e não poderão, em hipótese alguma, exercer qualquer tipo de fiscalização da lotação do veículo.
“Por determinação do sindicato da categoria, os trabalhadores não vão exercer poder de órgão fiscalizador. Se isso acontecer, o sindicato irá entrar na Justiça contra a VCG e a AMTT”, disse o presidente do Sintropas-PG, Luiz de Oliveira, o ‘Luizão’.
O presidente do Sintropas fez críticas ao decreto de Rangel. “A Prefeitura lançou um decreto sem se importar com os passageiros que embarcam ao longo do percurso, depois que o ônibus sai do terminal. E as pessoas que vão embarcar no meio do caminho e não usam o terminal?”, questionou Luizão.
Fiscalização do transporte é papel da prefeitura
Vale destacar que a fiscalização do serviço prestado pela Viação Campos Gerais é papel da Prefeitura de Ponta Grossa. E isso é independente da pandemia do coronavírus. Mas historicamente essa fiscalização não ocorre. Exemplo disso é a falta transparência nos números apresentados pela empresa todos os anos, quando pedem aumento na tarifa.
Ninguém sabe o número de real de usuários, a quilometragem verdadeiramente rodada, entre outros itens que são levados em conta para a subir a tarifa.
Mas este erro é da Prefeitura de Ponta Grossa que não fiscaliza o serviço. A VCG, neste caso, não tem culpa.