Bolsonaro anuncia Milton Ribeiro como novo ministro da Educação: Ribeiro é pastor e professor


O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta sexta-feira (10) em uma rede social o professor Milton Ribeiro como novo ministro da Educação. Logo após o anúncio de Bolsonaro, a nomeação foi publicada em uma edição extra do “Diário Oficial da União”.
Ribeiro será o quarto ministro a comandar a pasta desde o início do governo. Os antecessores são Ricardo Vélez Rodríguez, Abraham Weintraub e Carlos Decotelli. O último ministro a ocupar o posto foi Carlos Alberto Decotelli, que ficou no cargo menos de uma semana e caiu após polêmicas envolvendo o currículo dele. Decotelli chegou a ser nomeado, mas sequer tomou posse.
Pastor presbiteriano, Ribeiro é membro da Comissão de Ética Pública, ligada à Presidência da República. Foi nomeado por Bolsonaro para o cargo em maio de 2019. Seu mandato na comissão vai até 2022.
Em seu currículo lattes, atualizado pela última vez em abril de 2019, Ribeiro informa ter graduação em Teologia e em Direito. Também diz ser mestre em Direito pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutor em Educação pela USP (Universidade de São Paulo).
Além disso, diz ter especialização em Velho Testamento pelo Centro Teológico Andrew Jumper, em Teologia do Velho Testamento pelo Mackenzie, em Gestão Universitária pelo CRUB (Conselho de Reitores das Universidades Brasileiras) e em Direito Imobiliário pela FMU (Faculdade Metropolitanas Unidas).
Membro do conselho deliberativo da entidade mantenedora do Mackenzie, Ribeiro também atuou como reitor em exercício e vice-reitor da universidade.
As polêmicas envolvendo o MEC no governo Bolsonaro
No governo Bolsonaro, o MEC é uma das pastas que mais sofrem a influência da ala ideológica do governo, que segue o ideólogo Olavo de Carvalho.
O último ministro a ocupar o posto foi Carlos Alberto Decotelli, que ficou no cargo menos de uma semana e caiu após polêmicas envolvendo o currículo dele. Decotelli chegou a ser nomeado, mas sequer tomou posse.
Desde então, chegaram a ser cotados para o MEC o secretário de Educação do Paraná, Renato Feder, e o deputado Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Quando foi eleito presidente, em 2018, Bolsonaro disse que o MEC passaria a priorizar um “ensino de qualidade” para os jovens serem bons profissionais, “deixando de lado” temas relacionados ao que ele costuma chamar de “ideologia de gênero” e “ideologia voltada para o desgaste dos valores familiares”.
Para Bolsonaro, Paulo Freire é um “energúmeno”. Freire é considerado patrono da educação brasileira e autor do único livro brasileiro a aparecer na lista dos 100 títulos mais pedidos pelas universidades de língua inglesa consideradas pelo projeto Open Syllabus.
(Com informações da Agência Brasil)