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Sindijor questiona Câmara de PG sobre proibição do trabalho da imprensa nas oitivas da corrupção do EstaR

Sindijor questiona Câmara de PG sobre proibição do trabalho da imprensa nas oitivas da corrupção do EstaR
  • Publishedabril 7, 2021
Por meio de nota, o Sindijor repudiou a atitude da Câmara dos Vereadores, que proibiu o acompanhamento da imprensa durante as oitivas do processo que envolve a corrupção no EstaR de Ponta Grossa. (Foto: CMPG)

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) encaminhou ofício ao presidente da Câmara dos Vereadores de Ponta Grossa, Daniel Milla Fracaro questionando a proibição do acompanhamento da imprensa nos depoimentos relacionados processo de corrupção do EstaR Digital e investigação de quebra de decoro parlamentar contra o vereador Walter José de Souza (PRTB), o Valtão.

As oitivas da Comissão Parlamentar Processante (CPP) iniciaram na terça-feira (6), mas não houve a autorização para a cobertura jornalística e também não houve transmissão pela internet. Além disso, a gravação dos depoimentos não foi liberada a para a imprensa.

Por meio de nota, o Sindijor repudiou a atitude da Câmara dos Vereadores. “É importante frisar que impedir o acompanhamento de uma Comissão Processante contra um agente público, eleito pelo voto dos cidadãos, fere o direito fundamental à informação não somente dos jornalistas que foram cerceados, mas também da sociedade que fica sem ter meios de acompanhar o processo, que é de total interesse público”, diz o Sindijor.

Ao Sindicato, o presidente da Câmara, vereador Daniel Milla Fracaro, declarou que a decisão de não permitir o acompanhamento da oitiva pela imprensa foi tomada pelos vereadores que integram a CPP. Entretanto, segundo Fracaro, as gravações seriam disponibilizadas aos jornalistas – o que efetivamente não aconteceu.

Durante a sessão desta quarta-feira (7), Daniel Milla jogou a responsabilidade sobre a proibição do trabalho da imprensa para os vereadores que integram a Comissão Parlamentar Processante (CPP), Filipe Chociai, Izaías Salustiano e Léo da Farmacêutico. “A decisão de não liberar o acompanhamento da imprensa partiu doa vereadores da CPP e que estão amparados legalmente”, disse Daniel Milla.

O presidente da CPP, Filipe Chociai, disse que não permitiu a entrada da imprensa para proteger as testemunhas. “Não é verdade que nós estamos escondendo algo. Nós estamos agindo dentro da legalidade, pois se os depoimentos das testemunhas forem publicados nos jornais haverá prejuízo ao trabalho da CPP”, disse o vereador.

Vale destacar que na terça-feira (6), durante os primeiros depoimentos do processo que investiga quebra de decoro do vereador Valtão e a corrupção no EstaR, Filipe Chociai, alegou que o motivo para a proibir a entrada da imprensa foi a pandemia.

Com ofício já protocolado, o Sindijor aguarda a resposta do presidente da Câmara dos Vereadores.

“Diante desta grave ameaça ao exercício da atividade jornalística, o SindijorPR reitera que o jornalismo profissional é essencial à democracia e que, em conjunto com a sociedade e em meio à pretensa escalada de atitudes autoritárias, deve se manter vigilante e reagir a qualquer tentativa de impedir que a população seja informada sobre as ações dos políticos que ela não somente elege, mas custeia por meio do pagamento de impostos”, destacou o Sindicato.

Veja a nota completa do SindiJor:

SindijorPR atua em defesa de jornalistas impedidos de trabalhar em Ponta Grossa

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) repudia veementemente a atitude dos vereadores que integram a Comissão Parlamentar Processante (CPP) – instaurada pela Câmara de Ponta Grossa para encaminhar pedido de cassação e investigação por quebra de decoro contra o vereador Valter José de Souza – que cercearam o trabalho de jornalistas que tentavam acompanhar a primeira oitiva de testemunhas da CPP, realizada nesta terça-feira (06). Ainda nesta quarta-feira (07), Dia do Jornalista, o SindijorPR irá protocolar ofício cobrando providências da Câmara para viabilizar o trabalho da imprensa.

A tentativa de cercear o acesso à informação, flagrantemente de interesse público, chegou ao Sindijor no final da tarde de terça-feira, quando foi realizado o primeiro contato com a Câmara. Ao Sindicato, o presidente da Câmara, vereador Daniel Fracaro, declarou que a decisão de não permitir o acompanhamento da oitiva pela imprensa foi tomada pelos vereadores que integram a CPP. Entretanto, segundo Fracaro, as gravações seriam disponibilizadas aos jornalistas – o que efetivamente não aconteceu.

É importante frisar que impedir o acompanhamento de uma Comissão Processante contra um agente público, eleito pelo voto dos cidadãos, fere o direito fundamental à informação não somente dos jornalistas que foram cerceados, mas também da sociedade que fica sem ter meios de acompanhar o processo, que é de total interesse público.

Diante desta grave ameaça ao exercício da atividade jornalística, o SindijorPR reitera que o jornalismo profissional é essencial à democracia e que, em conjunto com a sociedade e em meio à pretensa escalada de atitudes autoritárias, deve se manter vigilante e reagir a qualquer tentativa de impedir que a população seja informada sobre as ações dos políticos que ela não somente elege, mas custeia por meio do pagamento de impostos.

(Direção do Sindijor-PR)

Veja o ofício encaminhado ao presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, Daniel Milla:

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