Sindijor questiona Câmara de PG sobre proibição do trabalho da imprensa nas oitivas da corrupção do EstaR


O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (Sindijor-PR) encaminhou ofício ao presidente da Câmara dos Vereadores de Ponta Grossa, Daniel Milla Fracaro questionando a proibição do acompanhamento da imprensa nos depoimentos relacionados processo de corrupção do EstaR Digital e investigação de quebra de decoro parlamentar contra o vereador Walter José de Souza (PRTB), o Valtão.
As oitivas da Comissão Parlamentar Processante (CPP) iniciaram na terça-feira (6), mas não houve a autorização para a cobertura jornalística e também não houve transmissão pela internet. Além disso, a gravação dos depoimentos não foi liberada a para a imprensa.
Por meio de nota, o Sindijor repudiou a atitude da Câmara dos Vereadores. “É importante frisar que impedir o acompanhamento de uma Comissão Processante contra um agente público, eleito pelo voto dos cidadãos, fere o direito fundamental à informação não somente dos jornalistas que foram cerceados, mas também da sociedade que fica sem ter meios de acompanhar o processo, que é de total interesse público”, diz o Sindijor.
Ao Sindicato, o presidente da Câmara, vereador Daniel Milla Fracaro, declarou que a decisão de não permitir o acompanhamento da oitiva pela imprensa foi tomada pelos vereadores que integram a CPP. Entretanto, segundo Fracaro, as gravações seriam disponibilizadas aos jornalistas – o que efetivamente não aconteceu.
Durante a sessão desta quarta-feira (7), Daniel Milla jogou a responsabilidade sobre a proibição do trabalho da imprensa para os vereadores que integram a Comissão Parlamentar Processante (CPP), Filipe Chociai, Izaías Salustiano e Léo da Farmacêutico. “A decisão de não liberar o acompanhamento da imprensa partiu doa vereadores da CPP e que estão amparados legalmente”, disse Daniel Milla.
O presidente da CPP, Filipe Chociai, disse que não permitiu a entrada da imprensa para proteger as testemunhas. “Não é verdade que nós estamos escondendo algo. Nós estamos agindo dentro da legalidade, pois se os depoimentos das testemunhas forem publicados nos jornais haverá prejuízo ao trabalho da CPP”, disse o vereador.
Vale destacar que na terça-feira (6), durante os primeiros depoimentos do processo que investiga quebra de decoro do vereador Valtão e a corrupção no EstaR, Filipe Chociai, alegou que o motivo para a proibir a entrada da imprensa foi a pandemia.
Com ofício já protocolado, o Sindijor aguarda a resposta do presidente da Câmara dos Vereadores.
“Diante desta grave ameaça ao exercício da atividade jornalística, o SindijorPR reitera que o jornalismo profissional é essencial à democracia e que, em conjunto com a sociedade e em meio à pretensa escalada de atitudes autoritárias, deve se manter vigilante e reagir a qualquer tentativa de impedir que a população seja informada sobre as ações dos políticos que ela não somente elege, mas custeia por meio do pagamento de impostos”, destacou o Sindicato.
Veja a nota completa do SindiJor:
SindijorPR atua em defesa de jornalistas impedidos de trabalhar em Ponta Grossa
O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Paraná (SindijorPR) repudia veementemente a atitude dos vereadores que integram a Comissão Parlamentar Processante (CPP) – instaurada pela Câmara de Ponta Grossa para encaminhar pedido de cassação e investigação por quebra de decoro contra o vereador Valter José de Souza – que cercearam o trabalho de jornalistas que tentavam acompanhar a primeira oitiva de testemunhas da CPP, realizada nesta terça-feira (06). Ainda nesta quarta-feira (07), Dia do Jornalista, o SindijorPR irá protocolar ofício cobrando providências da Câmara para viabilizar o trabalho da imprensa.
A tentativa de cercear o acesso à informação, flagrantemente de interesse público, chegou ao Sindijor no final da tarde de terça-feira, quando foi realizado o primeiro contato com a Câmara. Ao Sindicato, o presidente da Câmara, vereador Daniel Fracaro, declarou que a decisão de não permitir o acompanhamento da oitiva pela imprensa foi tomada pelos vereadores que integram a CPP. Entretanto, segundo Fracaro, as gravações seriam disponibilizadas aos jornalistas – o que efetivamente não aconteceu.
É importante frisar que impedir o acompanhamento de uma Comissão Processante contra um agente público, eleito pelo voto dos cidadãos, fere o direito fundamental à informação não somente dos jornalistas que foram cerceados, mas também da sociedade que fica sem ter meios de acompanhar o processo, que é de total interesse público.
Diante desta grave ameaça ao exercício da atividade jornalística, o SindijorPR reitera que o jornalismo profissional é essencial à democracia e que, em conjunto com a sociedade e em meio à pretensa escalada de atitudes autoritárias, deve se manter vigilante e reagir a qualquer tentativa de impedir que a população seja informada sobre as ações dos políticos que ela não somente elege, mas custeia por meio do pagamento de impostos.
(Direção do Sindijor-PR)
Veja o ofício encaminhado ao presidente da Câmara de Vereadores de Ponta Grossa, Daniel Milla:

