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Inflação fecha 2021 em 10,06%, maior alta em seis anos

Inflação fecha 2021 em 10,06%, maior alta em seis anos
  • Publishedjaneiro 11, 2022
Inflação de 2021 fecha em 10,06% e aumenta o custo de vida dos brasileiros. (Foto: Notícia de Brasil)

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, apresentou alta de 0,73% em dezembro, acumulando aumento de 10,06% em 2021.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). É a maior taxa acumulada no ano desde 2015, quando o IPCA foi de 10,67%.

Com isso, a inflação oficial ficou muito acima do centro da meta de 3,75% definida pelo Conselho Monetário Nacional para o ano de 2021, cujo teto era 5,25%.

De acordo com o IBGE, o resultado foi influenciado principalmente pelo grupo transportes, que variou 21,03% no acumulado do ano. Em seguida vieram habitação, com alta de 13,05%, e alimentação e bebidas, que aumentou 7,94% em 2021.

Inflação em 2021 para cada um dos 9 grupos
  • Alimentação e bebidas: 7,94%
  • Habitação: 13,05%
  • Artigos de residência: 12,07%
  • Vestuário: 10,31%
  • Transportes: 21,03%
  • Saúde e cuidados pessoais: 3,70%
  • Despesas pessoais: 4,73%
  • Educação: 2,81%
  • Comunicação: 1,38%
Vilões de 2021

A inflação de dois dígitos em 2021 foi puxada principalmente pelo grupo “Transportes”, que apresentou a maior variação (21,03%) e o maior impacto (4,19 pontos percentuais) no IPCA do ano. Na sequência vieram “Habitação” (13,05%), que contribuiu com 2,05 p.p., e “Alimentação e bebidas” (7,94%), com impacto de 1,68 p.p. Juntos, os três grupos responderam por cerca de 79% do IPCA de 2021.

10 itens com maior impacto na inflação do ano de 2021:

  • Gasolina: 47,49% (impacto de 2,34 pontos percentuais)
  • Energia elétrica: 21,21% (impacto de 0,98 p.p)
  • Automóvel novo: 16,16% (impacto de 0.48 p.p.)
  • Gás de botijão: 36,99% (0,41 p.p.)
  • Etanol: 62,23% (0,41 p.p.)
  • Refeição: 7,82% (0,29 p.p.)
  • Automóvel usado: 15,05% (0,28 p.p.)
  • Aluguel residencial: 6,96% (0,26 p.p.)
  • Carnes: 8,45% (0,25 p.p.)
  • Produtos farmacêuticos: 6,18% (0,20 p.p)

Nas despesas com habitação, a maior pressão veio da energia elétrica (21,21%). Já o gás de botijão disparou 36,99%.

Nos alimentos, a variação de 7,94% foi menos intensa que a do ano anterior (14,09%), quando esta classe de despesas representou o maior impacto entre os grupos pesquisados. Entre as maiores altas no ano, destaque para café moído (50,24%) e açúcar refinado (47,87%).

O grupo dos vestuários, que tinha sido o único com queda no ano passado, fechou 2021 com a quarta maior variação (10,31%).

Já a inflação de serviços registrou alta de 4,75% em 2021, após variação de 1,73% em 2020, em meio a um cenário de corrosão da renda das famílias e de fraqueza da atividade econômica.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (11) pelo IBGE. Veja as taxas de inflação dos últimos anos:

  • 2010: 5,91%
  • 2011: 6,5%
  • 2012: 5,84%
  • 2013: 5,91%
  • 2014: 6,41%
  • 2015: 10,67%
  • 2016: 6,29%
  • 2017: 2,95%
  • 2018: 3,75%
  • 2019: 4,31%
  • 2020: 4,52%
  • 2021: 10,06%
  • (Fonte: IBGE)
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marelimartins

Mareli Martins é jornalista por formação e possui nove anos de atuação na área. Registro profissional: 9216/PR Objetivo do blog: Transmitir credibilidade aos leitores. O blog não possui parceria com nenhum grupo político. A intenção é disponibilizar um canal diferenciado, independente, sem amarrações políticas, com o compromisso de relatar a notícia com responsabilidade e profissionalismo.

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