Governo do Paraná encaminha projeto para privatização da Copel


A Companhia Paranaense de Energia (Copel) divulgou nesta segunda-feira (21) que recebeu do governo do Paraná, seu controlador, um comunicado sobre a intenção do Estado de transformar a elétrica em companhia de capital disperso, sem acionista controlador. O projeto claramente prevê a venda de ações da Copel, dando início ao processo de privatização da Companhia.
De acordo com o Executivo, a transformação da Copel em uma corporação tem como principal objetivo aumentar sua competitividade no setor elétrico brasileiro para beneficiar o consumidor paranaense.
“Este setor passa por uma profunda mudança e, apesar das transformações que vêm ocorrendo no setor, deve-se dizer que o mesmo é reconhecido pela sua maturidade e segurança regulatória e institucional, mantendo assim as condições necessárias para atração de capital privado, com alto nível de capacidade de investimento e excelência na gestão corporativa”, ressalta o Poder Executivo na justificativa da matéria.
Ainda segundo a matéria, “nenhum acionista ou grupo de acionistas, poderá exercer votos em número superior a 10% (dez por cento) da quantidade do total de votos. Esta condição caracteriza uma corporação na medida em que o controle é pulverizado em milhares, dezenas ou centenas de milhares de acionistas, o que se apresenta, inclusive como uma medida de proteção ao Estado do Paraná, uma vez que impede a figura do acionista controlador ou do bloco de controle”.
Na avaliação do deputado Requião Filho, a medida que diminui a participação do controlador, vai-se diluindo a gestão e, aos poucos, a Copel vai sendo privatizada
“Entrega de controle é privatização, sim! Podem dar o nome que quiserem, a verdade é que querem vender a Copel. Uma empresa lucrativa e que gera muito dinheiro para o Estado e para os acionistas. Querem vender a empresa, assim como fizeram com a Copel Telecom. Ratinho Jr se reelegeu dizendo que não iria vender a Copel e, passadas as eleições, faz o contrário. Mas nós avisamos que isso iria acontecer”, lembrou o parlamentar.
Ainda segundo a matéria, “nenhum acionista ou grupo de acionistas, poderá exercer votos em número superior a 10% (dez por cento) da quantidade do total de votos. Esta condição caracteriza uma corporação na medida em que o controle é pulverizado em milhares, dezenas ou centenas de milhares de acionistas, o que se apresenta, inclusive como uma medida de proteção ao Estado do Paraná, uma vez que impede a figura do acionista controlador ou do bloco de controle”.
“Diante do momento que o Brasil está vivendo, tem a situação da Copel e outras companhias de energia que têm prazos para sua devida autorização novamente de concessão, que vence dentro de um ano. Se não tomar essa medida, corre-se o risco de o Governo não poder competir com empresas multinacionais”, afirmou o presidente da Casa, deputado Ademar Traiano (PSD).
“A Copel não está sendo vendida. Não está sendo privatizada. Privatizar é você entregar ela para um novo proprietário. Estamos vendendo algumas ações porque nós temos concessão da Unisa de Foz de Areia, que ano que vem encerra e nós precisamos ter estratégia”, explicou o líder do Governo na Assembleia, deputado Marcel Micheletto (PSD).
“Não há necessidade de privatização da Copel. Como se privatiza uma empresa que é essencial para o desenvolvimento do Estado e dá lucro. O Governo alega que com essa venda de ações vai obter recursos para investimento. Por que não se diminui o lucro dos acionistas para esses investimentos? Não podemos ter uma empresa tão importante quanto a Copel para somente dar lucro para acionistas”, contestou o deputado Arilson Chiorato (PT), líder da Oposição.