TCU aponta falhas no processo de privatização da Copel: projeto de Ratinho Jr foi aprovado às pressas


O Tribunal de Contas da União (TCU) apontou falhas no processo que de iniciou a privatização da Companhia Paranaense de Energia (COPEL) O projeto foi encaminhado pelo governador Ratinho Junior (PSD) e aprovado às pressas pela Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).
A manifestação técnica foi emitida em resposta à representação proposta pelos deputados da Bancada de Oposição da Alep.
Os técnicos do TCU identificaram que o Governo do Paraná não seguiu o rito formal necessário, e principalmente, não solicitou anuência prévia da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) previamente, para que fosse transferida, cedida ou, de qualquer forma, alienada, direta ou indiretamente, gratuita ou onerosamente, as ações que fazem parte do bloco de controle acionário. Esta exigência consta dos contratos de concessão firmados entre a União (representada pela ANEEL) e a COPEL, como exigem a Cláusula Décima Segunda do Contrato de Concessão para Geração nº 45/99, e a Cláusula Décima Terceira do Contrato de Concessão para Distribuição nº 46/99.
“Esse reconhecimento só corrobora com a posição da bancada de Oposição, que ingressou com medidas jurídicas para barrar a venda da Copel, não só por entender que era uma decisão desastrosa do Governo do Estado e prejudicial para a economia e para os paranaenses, mas por identificar que trâmites e etapas importantes foram ignorados”,disse o líder da Oposição, Arilson Chiorato (PT).
Arilson afirmou que o documento aponta que, embora fosse uma obrigação contratual, a Copel Geração e Distribuição não introduziu no seu Estatuto Social, disposição no sentido de não transferir, ceder ou de qualquer forma alienar, direta ou indiretamente, gratuita ou onerosamente, as ações que fazem parte do bloco de controle sem a prévia concordância da ANEEL.
“Isso significa que a COPEL omitiu procedimentos relevantes, desconsiderou uma autorização essencial da ANEEL e isso impacta, obviamente, no valor das ações no mês de novembro de 2022 e nos meses seguintes já foram o mercado de ações foi comunicado, porém, o rito formal básico foi descumprido. Também impactará na continuidade do processo de privatização, pois os estudos e procedimentos foram malfeitos e atropelados, e qualquer alienação dependerá, em 2023, de autorização da ANEEL”.
O processo deverá retornar para o ministro-relator, Jorge Oliveira, que havia consultado a área técnica especializada, como é procedimento no Tribunal.
Assinam a representação, os deputados Tadeu Veneri (PT), Arilson Chiorato (PT), Goura (PDT), Professor Lemos (PT), Luciana Rafanin (PT) e Maurício Requião(PT).
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Quebrou o estado né rato aí tem vender ativos p tapar rombos cadê o dinheiro da Copel Telecom,e agora faz propaganda enganosa